Conheça Lucimara, a vira-lata caramelo que ‘conquistou’ o direito de ficar com o dono no hospital
17:41 10/02/2022
Caso ocorreu na Santa Casa de São Paulo, no bairro de Santa Cecília, Centro da cidade de SP. Homem em situação de rua precisou de atendimento após atropelamento e a ‘cãopanheira’ não deixou o dono sozinho.
O paciente é um homem com deficiência visual em situação de rua. O caso ocorreu logo após o tutor da cachorra sofrer um atropelamento. Segundo a Santa Casa de São Paulo, ele chegou ao pronto-socorro às 10h40 de domingo com uma traumatismo craniano e uma dor no tórax.
“Logo na chegada todos se preocuparam com o paciente, mas também notaram a cachorrinha desesperada sem o dono. Ele estava dentro de um serviço de emergência que é referência de trauma e ainda tinha a dificuldade por ser deficiente visual”, contou.
Em uma das imagens, a cachorra aparece com o focinho na porta do hospital, buscando sentir o cheiro do dono. Em outra, ela está com a identificação de “visitante”, com a data de 6 de fevereiro.
Lucimara com o focinho na porta do hospital à espera do dono — Foto: Reprodução/Redes Sociais
“No decorrer da história, o administrativo resolveu identificar o cachorrinho como pertencente ao paciente, e então colocaram uma pulseira no pescoço”, contou o médico.
De acordo com Gomes, durante o período em que ficou na porta do pronto-socorro, Lucimara não parou de latir. Só se acalmou quando a equipe do hospital colocou uma camiseta do dono junto ao cobertor. Mesmo assim, ela não estava comendo a ração, nem as quentinhas que os profissionais de saúde estavam oferecendo.
“Existem outras pessoas e pacientes no pronto-socorro. A gente tentou de uma maneira que não atrapalhasse ninguém e que ela ficasse menos assustada, porque a Lucimara teria que entrar num setor movimentado. Tinha uma dificuldade: será que ela vai avançar no técnico de enfermagem quando chegar perto do dono? Só que no final, quando eles se encontraram, foi algo muito emocionante”.
Depois do encontro, Lucimara acompanhou o dono durante os cuidados no hospital e se despediu na equipe quando a alta ocorreu no fim da segunda-feira.
Para o gestor-médico, além de ser um direito do paciente por ser deficiente visual, há um apoio emocional que pode, inclusive, favorecer a recuperação: “o momento de procura ao hospital é de muita fragilidade. Tanto para a pessoa, quanto para o animal. Essa separação é ruim para ambos”.
“Não existe a menor dúvida de que nesse caso em questão, de um deficiente visual, que está em um local barulhento, que ter a companheira ao lado dele diminuiu a ansiedade, tirou a tensão, e ainda gerou uma preocupação em toda a equipe, que gerou muita felicidade. A gente sabe, quem tem cachorro gato, você tem o afeto e sua família acaba sendo o animal”, explicou Gomes.
Lucimara com cobertor e comida disponibilizada pelos funcionários do hospital — Foto: Reprodução/Redes Sociais
Via G1 MS
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