Geral

Geração de empregos formais em MS teve alta de 26% em outubro

Circuito MS

8:58 29/11/2023

Saldo de vagas se ajusta após o número de contratações ser recorde em 2022, apontam economistas

Mato Grosso do Sul fechou o mês de outubro deste ano com um saldo positivo de 2.265 empregos com carteira assinada, alta de 26% em relação às 1.793 vagas registradas no mesmo mês do ano passado. Mesmo com crescimento no mês passado, no recorte anual, de janeiro a outubro, houve queda de 24% no comparativo entre 2022 e 2023.

Conforme dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), divulgados ontem pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), foram 34.627 empregos com carteira assinada neste ano. Enquanto no mesmo período de dez meses no ano passado foram 45.774 empregos formais registrados, entre admissões e demissões. 

Apesar de o número ser menor, os economistas apontam que há um ajuste do mercado local, principalmente em comparação com o ano passado, quando a geração de empregos foi recorde. 
O doutor em Administração Leandro Tortosa explica que na comparação é possível perceber que o ano de 2022 teve um comportamento diferente do ano de 2023. 

“No ano passado, a criação de vagas foi mais intensa, principalmente entre maio e setembro, por conta de diversos incentivos que foram dados pelo governo federal naquele momento. A partir de outubro até dezembro, houve forte queda, comportamento que foi antecipado por nós quando fizemos a mesma análise em 2022”, analisa.

O mestre em Economia Lucas Mikael destaca que o Estado e a Capital vivem uma situação de pleno emprego. “Momento em que a população em idade de trabalho e que busca emprego o encontra com pouco esforço. A economia de Mato Grosso do Sul passa por um momento de grandes investimentos”.

Ainda conforme os dados do Caged, no acumulado do ano, o setor que mais gerou empregos foi o de serviços. Foram 121.293 admissões, contra 108.960 desligamentos, saldo de 12.333 empregos com carteira assinada em 2023.

O setor de serviços é componente fundamental da economia do Estado. “Abrange várias atividades econômicas que não estão diretamente ligadas à produção de bens físicos, mas sim à oferta de serviços intangíveis para atender às necessidades e demandas da população e das empresas”, explica Mikael.
Na sequência, o segundo maior gerador de empregos foi a agropecuária, com saldo de 6.076 vagas, resultado de 49.945 contratações e 43.869 demissões. A indústria registra resultado positivo de 5.839 vagas; a construção civil gerou 5.645 empregos formais; e o comércio teve saldo de 4.734 postos de trabalho. 
No recorte mensal, outubro foi um mês de contratações em todo o País. “No Brasil, houve alta de 17% em comparação com o mesmo mês do ano passado. Foram 190.366 vagas formais em 2023 [ante 160.291 empregos em 2022]. O Estado registrou 2.265 novas vagas em outubro deste ano, contra 1.793 em outubro de 2022 [crescimento de 26%]. Ou seja, MS está com desempenho melhor do que a média nacional”, pontua Tortosa. 

Entre os setores, o de serviços lidera, com saldo de 913 empregos; o comércio teve 711; a indústria, 521; a agropecuária, 305; e a construção foi o único segmento com saldo negativo, registrando -185.
“O resultado de outubro já considera os trabalhadores temporários, como informa o painel do Novo Caged”, detalha o professor doutor. 

OCUPADOS

Tortosa ainda aponta que a pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostrou com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua que a informalidade também reduziu este ano. “A Pnad mostra redução na desocupação, com melhoria no emprego formal e redução na informalidade”. 

Conforme o Correio do Estado já divulgou, os dados do IBGE apontam que a taxa de desocupação em Mato Grosso do Sul caiu de 5,10% para 4% no intervalo de um ano. A Pnad Contínua refere-se ao terceiro trimestre do ano e levanta indicadores do nível de emprego, desemprego e subemprego, tanto no setor público quanto no privado.

No terceiro trimestre de 2022, encontravam-se sem ocupação 75 mil pessoas em Mato Grosso do Sul. Passado um ano, esse número caiu para 60 mil pessoas, queda de 20%.

Ainda de acordo com o levantamento, o número de pessoas que trabalhavam na informalidade em 2022 era de 469 mil, e neste ano são 458 mil.

NACIONAL

Em outubro deste ano, o Brasil gerou um saldo positivo de 190.366 postos de trabalho com carteira assinada. O dado veio acima da projeção de analistas, de 125 mil vagas líquidas.

Os números de outubro resultaram de 1.941.281 admissões e 1.750.915 desligamentos no mês. Já no acumulado do ano, o total de vagas geradas chegou a 1.784.695, ficando positivo nos 5 grandes grupamentos econômicos e nas 27 unidades da Federação. 

O maior crescimento do emprego formal em outubro ocorreu no setor de serviços, com um saldo de 109.939 postos e destaque para as áreas de informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas, que tiveram saldo positivo de 65.128 empregos.

Via Correio do Estado MS

Comente esta notícia