[Via Midiamax]

O arcebispo de Campo Grande Dom Dimas Lara Barbosa esteve na Câmara Municipal, nesta quinta-feira (15), para falar sobre a Campanha da Fraternidade deste ano, que tem como tema “Fraternidade e superação da violência”. A campanha é realizada durante a quaresma e termina no Domingo de Ramos. Segundo Dom Dimas, entre os objetivos está a realização de audiências públicas, na Câmara Municipal e na Assembleia Legislativa, para discutir a violência.

O arcebispo disse que no Brasil existe “uma glamurização do mal com a violência e que a Campanha da Fraternidade também trata de outros dois tipos de violência como a cultural e violência institucional”.

Ao exemplificar a situação, dom Dimas citou a violência cultural como a aplicada através de meio social e da imposição de ideias, tendo o nazismo como o maior exemplo. Na violência institucional, o religioso citou a que é cometida por autoridades entre elas: falta de segurança e saúde pública, corrupção e tortura.

O arcebispo ainda disse que, em Campo Grande, a violência atinge formas diferentes nos diversos bairros da Capital e, ao comentar a morte da vereadora pelo Rio de Janeiro, Marielle Franco (PSOL), relembrou quando foi bispo auxiliar no estado.

Dom Dimas comentou que já foi surpreendido por tiroteio na saída da missa e que até barulhos como o bater de uma porta assusta a população. “Proporcionalmente, a violência ainda é maior em outras capitais, mas, que não minimiza o que ocorre lá [no Rio de Janeiro]”.

Segundo o arcebispo, em novembro, a Arquidiocese de Campo Grande deve realizar a “Cidade da Paz”, no local onde é realizado a Cidade do Natal. O pedido para a liberação da Prefeitura já foi feito. “Tem muita gente [em Campo Grande] com energia fazendo a sua parte, pois, há projetos pequenos, mas muitas vezes não são conhecidos do povo”, diz.