Um dia e meio após acidente fatal, motorista paga R$ 28 mil e sai da cadeia
13:20 27/04/2018
[Via Campo Gradne News]
Pouco mais de 36 horas depois de atropelar e matar Moisés Luis da Silva Oliveira, 22 anos, no cruzamento da rua Ceará com a Euclides da Cunha, Alderson Fante da Silva, 33 anos, deixou a prisão. Ele pagou R$ 28,6 mil de fiança.
A juíza Joseliza Alessandra Vanzela Turini determinou em audiência de custódia realizada nesta manhã (27) a soltura do funcionário público.
Fatal – O acidente aconteceu às 23h51, de quarta-feira (25) no cruzamento das ruas Ceará com a Euclides da Cunha, no Bairro Santa Fé, em Campo Grande. Moisés foi atingido na faixa de pedestre e arremessado por cerca de 50 metros.
Imagens de câmeras de segurança de uma conveniência flagraram o momento do acidente. O vídeo mostra Moisés ao lado de um amigo, aguardando o movimento de carros da Ceará para atravessar. É possível ver os dois cruzando a rua pela faixa de pedestres, correrem ao chegarem no meio da via e na sequência, o carro em alta velocidade atingir o rapaz.
Depois do acidente, Alderson fugiu sem prestar socorro, mas por causa da colisão, o para-choque do veículo ficou no local. Pela placa, a polícia conseguiu localizar e prender o servidor na casa em que mora no Bairro Carandá Bosque.
Durante a prisão, os policiais constataram que o motorista apresentava sinais de embriaguez e por isso, mesmo com ele se negando a fazer o teste do bafômetro, foi autuado por homicídio culposo, omissão de socorro, por ter atropelado a vítima na faixa de pedestre e por dirigir com capacidade automotora alterada.
Custódia – Nesta manhã, no entanto, ao passar por audiência de custódia no Fórum de Campo Grande, Alderson teve a soltura decretada mediante o pagamento de fiança de R$ 28.620 – valor, segundo a juíza, correspondente ao que custa o veículo do motorista. Na decisão, a magistrada considerou que Alderson não tem antecedentes criminais, tem endereço e emprego fixos.
O rapaz terá de comparecer mensalmente ao Fórum e também toda vez que for intimado, além de não poder se ausentar da cidade sem permissão.
O funcionário público esperou o pagamento da fiança em uma cela do Fórum e foi liberado por volta das 12h. Alderson, que em depoimento afirmou estar na velocidade da via no momento do acidente e ter fugido do local por medo de agressões, deixou o prédio sem falar com a imprensa. Na verdade, ele driblou a equipe, saindo pela porta do Tribunal do Júri, diferente do caminho que fazem outros presos.
Essa foi a primeira morte no trânsito depois da mudança na legislação que ampliou as penas para quem ferir ou matar depois de dirigir sob efeito de álcool. A lei está vigor desde quinta-feira (19) e neste fim de semana, três motoristas foram presos por dirigir embriagados e provocar acidentes com lesão corporal. Todos passaram por audiência e permaneceram presos, sem atribuição de fiança.
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