Com os consumidores ansiosos por descontos no preço da gasolina, após a Petrobras anunciar, pelo segundo dia consecultivo, redução nos preços da gasolina e do diesel em sua refinarias, o aumento repentino do combustível assustou muitos motoristas. Em Campo Grande, a gasolina já pode ser encontrada a R$ 4,59 – pouco mais de R$ 0,60 da média de preço, R$ 3,98.

A situação foi notada por um leitor que, procurando pelo preço mais baixo, encontrou postos revendendo o combustível muito acima do valor comum, e confirmada pela equipe do Campo Grande News. Apesar do preço mais caro, muitos condutores insistiram em abastecer no estabelecimento localizado na Avenida Zahran.

“Está muito caro, estou vindo por falta de opção. Passei por outros postos e estão lotados, sem condições de abastecer. Querendo ou não aqui está mais vazio e, apesar do preço alto, resolvi parar”, afirmou um motorista que não quis se identificar.

Uma consumidora, que também preferiu não dizer o nome, também reclamou. “É um absurdo. Estou parada aqui faz tempo e a segunda vez que o preço aumenta”, afirmou. Foi a segunda a alta do dia no local. Até às 18h30, o preço da gasolina era de R$ 4,39 no estabelecimento, que parou as bombas para aumentar em R$ 0,20 o valor.

Ninguém do estabelecimento comentou o assunto. Mas, de acordo com clientes, a justificativa do preço alto tem sido à falta de combustíveis no estoque, impacto do protestos de caminhoneiros, que bloqueiam aproximadamente 30 pontos de rodovias, no Estado.

A oscilação também vem sendo prejudicial, na opinião do vendedor Lirson Corrêa, de 48 anos. “É um posto que eu confio, mas a oscilação de preço é péssima e vem pesando no bolso, com certeza”, comenta.

Interior – No interior do Estado o preço chegar a ficar ainda mais caro. Em Dourados – a 233 quilômetros da Capital, por exemplo, a gasolina comum pode ser encontrada a R$ 4,89 ou até mesmo por R$ 5,09.

Protestos – Caminhoneiros seguem protestando contra a alta do combustível por rodovias de Mato Grosso do Sul. Há três dias, o tráfego tem sido parcialmente impedido em diversos trechos do Estado. Na maioria dos locais, apenas carros de passeio, ambulâncias, ônibus e veículos com cargas vivas estão autorizados a passar.