Geral

Família aponta contradições sobre desaparecimento e pede investigação

Circuito MS

16:20 31/05/2018

[Via Campo Grande News]

Em meio a histórias desencontradas a família de Thiago Lopes Amarila, de 32 anos, espera por notícias. Desde domingo, dia 27 de maio, amigos e parentes procuram pelo pedreiro, visto pelo última vez em uma área de mata nativa da Embrapa, onde havia ido pescar com os amigos.

Na manhã manhã daquele dia Thiago acordou cedo, e como de costume, começou a limpar a casa. “Ele estava limpando a cozinha quando sai para comprar a mandioca que ia fazer no almoço”, lembrou Maria Otilia Oliveira, de 67 anos, avó do pedreiro. Na volta, ela encontrou o neto tomando café com um amigo.

Pouco depois, outro amigo de Thiago chegou ao local e o convidou para ir pescar. “Ele falou que não precisava levar nada, que iam pescar com tarrafa. O Thiago não gostava de pegar peixe assim, mas ele foi”. Já era próximo ao horário do almoço, quando Maria viu o neto que criou como filho sair de casa com outros cinco amigos.

“O menino me ligou era 20 horas, perguntando se o Thiago tinha chegado, eu disse que não, que ele que devia saber do Thiago”, lembrou. Para a idosa, o rapaz contou que foi até a portaria da Embrapa, mas não conseguiu encontrar o amigo, somente a camiseta que ele usava caída no matagal.

Sem notícia de Thiago, a família procurou a polícia na segunda-feira (28) e registrou um boletim de ocorrência. O Corpo de Bombeiro foi acionado e iniciou as buscas, mas o paradeiro do pedreiro de 32 anos ainda é desconhecido.

“Existe muita contradição nos fatos que eles contam para gente”, lembrou Maria Otilia. Segundo a família, só para chegar ao local em que o grupo pescava é preciso andar por duas horas. “Elas falaram que ele saiu de lá 12 horas. Mas se são duas horas, como ele pode ter voltado antes das 13 horas?”, defendeu a idosa, lembrando a hora que o neto saiu de casa.

Para a família, a camiseta de Thiago, encontrada pelos próprios amigos, também é sinal de que algo está errado. “Não tá suja, não tem sangue, nem cheiro de suor tem”, afirmou a idosa. “Surgem muitas dúvidas na cabeça da gente, são inúmeras hipóteses, só queremos mais empenho da polícia”, pediu Cláudia Lima, de 32 anos, prima do pedreiro.

“Disseram que iam usar cães farejadores, mas ainda não apareceram lá. Hoje entraram com mergulhadores, mas queríamos a ajuda dos cães, por que a região é muito grande”, reforçou Cláudia. Segundo Laís Lopes, mãe de Thiago, a família já procurou a polícia duas vezes, mas não tenho nenhuma informação sobre as investigações.

“Os amigos dele que estavam no local nem foram ouvidos ainda. Precisamos que eles ajudem nas buscas”, pediu Lais. Para a mulher de 47 anos, as contradições do grupo podem indicar que o filho não foi levado para o local em que a camiseta estava. A única prova que Thiago esteve no rio, segundo ela, é uma foto tirada por um dos amigos. “Ele chegou lá, mas nunca mais saiu”, lamentou.

“Se aparecer pelo menos um corpo, a gente não fica mais nesta angústia, que já é melhor do que estamos vivendo agora”, defende Cláudia. “A gente só quer mais empenho da polícia, para descobrir o que aconteceu”.

Comente esta notícia