Com orçamento apertado, UFMS freia obras e reduz até máquinas de xérox
17:20 29/06/2018
[Via Campo grande News]
Os repasses do Governo Federal não acompanham o ritmo de crescimento da UFMS(Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), cuja verba nos últimos cinco anos caiu R$ 39.876.826. A pró-reitora de Planejamento, Orçamento e Finanças da instituição, Dulce Tristão, afirma que alguns cortes foram necessários para manter a qualidade no atendimento aos alunos.
“A nossa prioridade número um é atender os estudantes. Por isso, reduzimos contratos, cancelamos todos os alugueis. Máquinas de xérox, caímos pela metade para diminuir o custo de funcionamento da universidade”, explica.
Dessa forma, a reitoria optou em terminar as obras que estavam pela metade, além de recuperar ou manter a estrutura que já estava funcionando.
“Nosso investimento é isso: melhorar a eficiência e reduzir custos para garantir o funcionamento. Nos últimos dois anos, por exemplo, não construímos prédios. Estamos, na verdade, pegando todos os espaços que já temos e fazendo manutenção”, diz a pró-reitora.
Segundo Dulce, a implantação de novos empreendimentos não é a única necessidade que tem que ser colocada em segundo plano.
“Nós não estamos preocupados apenas com obras. Obras, a gente deixa de fazer. Mas tem outras prioridades, como o parque tecnológico da universidade, todo o sistema de computação. E são investimentos que não priorizamos. Até investimos em tecnologia, mas dentro de um limite razoável e buscando parcerias”, afirma.
Com relação às bolsas, esse corte no orçamento impede que novos auxílios sejam concedidos. “Embora o número de alunos tenha aumentado, o governo não repassou valor maior para a assistência estudantil e nos últimos quatro anos vem se repetindo o mesmo valor. Mesmo tendo mais alunos com essa necessidade, não temos conseguido atender a todos em situação de vulnerabilidade”, afirma.
Outra atitude tomada pela reitoria, é incentivar os pesquisadores a buscarem recursos específicos para os estudos nas agências de fomento.
Esse corte orçamentário afeta 90% das universidades federais do país, conforme levantamento feito pelo G1. essa queda afeta os chamados gastos não obrigatórios, que entre outras coisas envolvem a compra de materiais de expediente, insumos para laboratórios, reformas, ampliações, bolsas de pesquisa e programas de permanência.
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