Campo-grandense opta por estadias curtas no nordeste nas férias de julho
8:35 30/06/2018
[Via Campo Grande News]
A desvalorização do real em relação ao dólar não será motivo para que os campo-grandenses deixem de viajar durante as férias de julho. Estadias curtas e destinos nacionais são as soluções encontradas para as famílias que desejam aproveitar o recesso escolar dos filhos e partir para o litoral.
O presidente da Abav (Associação Brasileira de Agências de Viagens), Cristiano Cicuto, afirma que a quantidade de pacotes vendidos nesse período manteve os mesmos patamares de 2017.
Segundo ele, a população da Capital tradicionalmente tem o costume de viajar em julho e este ano o exterior ficou fora de cogitação para muita gente e o nordeste está no topo da lista para estadias que não devem passar de sete noites.
Regina Matsubara, proprietária da Check In Agência de Viagens, acredita que as pessoas têm se mostrado pessimistas com gastos com viagem devido ao impacto do dólar na economia.
“Para meus clientes, um ou outro viaja para exterior em julho, mas normalmente não é um período de viagem de férias mesmo, somente umas saídas para curtas viagens de aéreo e de carro mesmo. Os que fazem viagens mais caras fogem desse período”, afirma.
Wanderson Lopes, promotor de vendas da CVC da Rua 25 de Dezembro, diz que para muitas pessoas essa “escapada” em julho, mesmo que por poucos dias, é uma necessidade para eliminar o estresse acumulado na rotina de trabalho.
“Em algumas cidades mais próximas ao sudeste chove um pouco nessa época do ano, então os melhores destinos são Natal, João Pessoa e Fortaleza, que ficam mais acima. É sol, praia e calor o ano inteiro. O inverno no nordeste é isso: mesmo quando chove, não atrapalha. Dá uma pancada e depois vem o sol de novo”, explica.
Apesar disso, a queridinha dos campo-grandenses este ano é o estado de Alagoas. “Talvez porque lá tenha muitas opções de passeios, como Maceió, Maragogi, praias paradisíacas. Tem buggy, jangada, lanchas, falésias. É completo. Fortaleza está em uma competição muito grande porque tem a cereja do bolo que é o Beachpark”
Na agência dele, a quantidade de pacotes este ano está 10% menor que no mesmo período do ano passado, mas ele acredita que o montante vai pelo menos se equiparar a 2017 porque muitas pessoas deixam para comprar as viagens de última hora.
Mais caro – Levantamento da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) aponta que as passagens aéreas tiveram alta de 7,9% somente no primeiro semestre do ano, dando fim a um período de retração que durou 19 meses.
Em relação ao primeiro trimestre de 2017, a taxa de câmbio média subiu 3,2% em 2018. Ela tem forte influência sobre os custos de combustível, arrendamento, manutenção e seguro de aeronaves que, em conjunto, representaram 49,6%, metade dos custos e despesas dos serviços aéreos públicos das empresas brasileiras no primeiro trimestre de 2018.
Já o preço médio do querosene de aviação acumulou alta de 18,5%. O combustível correspondeu a 31,4% dos custos e despesas dos serviços de transporte aéreo prestados no período, oscilou entre R$ 1,84 e R$ 1,93 por litro nas médias mensais.
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