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Até com versão míni, sinalização de trânsito falha traz perigo em bairros

Circuito MS

14:35 16/07/2018

[Via Campo Grande News]

Enquanto uma placa de Pare, dentro de um bueiro, sinaliza para ninguém no bairro Maria Aparecida Pedrossian, um cruzamento sem nenhuma sinalização leva perigo na Vila Bandeirantes, em Campo Grande.

A placa que ordena a parada obrigatória, essencial para organizar o trânsito nos bairros, também pode ser encontrada de cabeça para baixo ou na versão míni, bem abaixo da altura regulamentar de 2 metros a 2,5 metros.

No cruzamento da avenida Orlando Daros com a rua João Francisco Damasceno,no bairro Maria Aparecida Pedrossian, a conversão à direita é livre, mas uma placa de Pare no bueiro sinaliza para o vazio.

Na Vila Bandeirantes, a confluência da avenida Marechal Floriano e Vicente Solari, é uma incógnita. A sinalização horizontal se apagou e não há placas. Com o agravante de ser um ponto de mudança de preferencial da avenida.

“Os acidentes são frequentes na esquina. Vi de um carro com motocicleta”, afirma José Luiz Martins, 48 anos. Enquanto a reportagem estava no local, um condutor até bateu palmas, na expectativa de que a divulgação do problema possa, enfim, trazer a sinalização correta para o cruzamento.

Uma quadra antes, onde a Marechal Floriano cruza com a Cyriaco Maymone, a sinalização horizontal se resume a um E, única letra do Pare a resistir no asfalto.

Na Vila Piratininga, na esquina da Anhanguera com Voluntários da Pátria, só sobrou o poste da sinalização vertical, oculto em meio à copa de árvore. “As pessoas arrancam e jogam fora. Os carros batem”, conta Dorgival dos Santos Filho, 32 anos, sobre a saga da placas no bairro.

Na Vila Bandeirantes, cruzamento não tem placa e nem sinalização no asfalto. (Foto: Saul Schramm)Na Vila Bandeirantes, cruzamento não tem placa e nem sinalização no asfalto. (Foto: Saul Schramm)
Um Pare de ponta-cabeça na Vila Piratininga.  (Foto: Saul Schramm)Um Pare de ponta-cabeça na Vila Piratininga. (Foto: Saul Schramm)

 

Perto dali, na rua Estevão Alves Ribeiro, um mesmo cruzamento tem placa de ponta-cabeça numa esquina, enquanto na outra, resta apenas um poste. “A placa já estava solta e aí levaram”, diz Neuzeli Nascimento de Freitas, 47 anos.

Sem uma das placas, a dúvida sobre a diferencial resulta em freadas bruscas. Também na Piratininga, enquanto há poste sem placa, tem placa com um poste bem abaixo da altura regulamentar.  A versão míni da placa fica na rua Estevão Alves Ribeiro, esquina com a 9 de Julho.

Na implantação da sinalização de trânsito, deve-se ter como princípio básico as condições de percepção dos usuários da via, garantindo a real eficácia dos sinais. Portanto, a sinalização precisa ser vista à distância para ser lida em tempo hábil.

Já os suportes devem ser fixados com condições de manter, rigidamente, as placas em sua posição permanente e apropriada, evitando que sejam giradas ou deslocadas. A borda inferior da placa deve ficar a uma altura livre entre 2 metros e 2,5 metros em relação ao solo.

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