Redução do ICMS amenizou impacto do reajuste aplicado pela Petrobras
8:35 04/09/2018
[Via Campo Grande News]
O impacto do reajuste no preço do diesel, anunciado na última sexta-feira (31.8) pela Petrobras, seria “desastroso para a economia estadual” se não fosse a medida do Governo do Estado, que reduziu a alíquota de ICMS do combustível de 17% para 12%.
Segundo cálculo do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis, Lubrificantes e Lojas de Conveniência (Sinpetro/MS), o preço nas bombas dos postos estaduais teria um acréscimo de cerca de 18 centavos por litro, além dos 13% de majoração das refinarias.
“Se não tivesse essa redução na alíquota, seria desastroso para a economia do Estado esse reajuste da Petrobras feito nesse momento”, avalia o gerente executivo do Sinpetro, Edson Lazaroto.
O cálculo é feito considerando o percentual antigo e atual da alíquota do ICMS sobre o Preço Médio Ponderado ao Consumidor Final (PMPF), em vigor desde o dia 1º de setembro (R$ 3,5989 para o diesel S-10 e R$ 3,4862 para o comum).
“Para os dois tipos de diesel, a economia é, em média, de 18 centavos por litro. Seria muito maior o impacto para o consumidor, para o agronegócio, para todo setor de transporte”, reforça.
A redução na alíquota do ICMS, de 17% para 12%, está em vigor desde junho, como parte do compromisso assumido pelo governador Reinaldo Azambuja (PSDB) com os setores produtivo e de transporte após a paralisação dos caminhoneiros.
O presidente do Sindicato dos Caminhoneiros (Sindicam/MS), Osny Carlos Bellinatti, também acredita que a medida do Governo do Estado é fundamental para minimizar os impactos do reajuste feito em todo país pela Petrobras, de 13%.
“O Governo do Estado fez a parte dele. Com essa redução na alíquota do ICMS a gente consegue pelo menos amenizar o aumento da Petrobras para os custos do caminhoneiro”, conclui.
Nas bombas
O caminhoneiro Rodrigo de Bortoli, de 26 anos, diz que a medida do governo estadual é importante para o setor. “Faz uma boa diferença para gente, na hora de abastecer”, avalia.
Caminhoneiro há mais de 30 anos, Mario Motrezeol, de 52 anos, conta que o reajuste pesou no bolso e não era esperado pelos profissionais.
“Subiu uns 20 centavos o litro. Para gente, que abastece todos os dias pelo menos uns 200 litros, é um aumento muito significativo. Já estão falando em greve de novo, mas acho que esse não é o momento”, frisa.
Em dois postos, localizados na região de saída para São Paulo, com grande fluxo de caminhoneiros, a reportagem apurou que, com o reajuste aplicado pela Petrobras, o valor do diesel comum subiu 7,7%, de R$ 3,38 para R$ 3,64, já o S-10 passou de R$ 3,48 para R$ 3,74 (7,4%).
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