Fóssil de 30 mil anos achado em MS estava em museu incendiado no Rio
18:35 05/09/2018
[Via Campo Grande News]
No dia 12 de novembro de 1974 um pescador chamado Jerônimo Borges dos Santos encontrou um fóssil de um animal às margens do Rio Paraguai, em Corumbá. O crânio do animal, que teria vivido entre 18 mil e 30 mil atrás, foi doado no mesmo ano ao Museu Nacional. Guardado no setor de Paleovertebrados do Departamento de Geologia e Paleontologia do Museu, o crânio milenar faz parte do acervo queimado durante o incêndio que atingiu o local no último domingo (2).
Quem conta a história é a presidente do Conselho Municipal de Políticas para Cultura, Lívia Galharte Gaertner. O animal, chamado de Equus Vandonii, é uma espécie de cavalo pré-histórico, extinto no final do período Pleistoceno. O nome significa cavalo em latim.
Homenagem – O nome é uma homenagem ao então diretor do antigo Museu Regional do Mato Grosso, Gabriel Vandoni de Barros, responsável por doar o crânio.
“E na época, Gabriel Vandoni de Barros fazia uma espécie de garimpo, todas as peças que ele via, achava na cidade, ou eram achadas ele via um potencial naquilo ali. O que ele fez quando o pescador achou, ele olhou, viu potencial naquilo e mandou essa peça para ser avaliada, para saber o valor”, conta Lívia.
Após a análise do Museu Nacional, ficou constatado, explica Lívia, que a espécie seria um animal que se tornou o cavalo após evoluir. Na cidade de Corumbá encontram-se duas réplicas do crânio. Uma está no Muhpan (Museu da História do Pantanal) e outra na Casa de Cultura Luiz Albuquerque.
As duas réplicas, relata Lívia, estão abrigadas em prédios com a situação tão ruim quanto à do Museu Nacional. Os aparelhos culturais e prédios históricos da cidade, conta ela, pedem socorro.
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