Dados demonstram aumento da efetividade da Polícia Civil de MS na resolução de crimes violentos
18:35 18/09/2017
[Via Portal do MS]
A Polícia Civil do Mato Grosso do Sul (PCMS), por meio de sua Delegacia Geral, realizou levantamento de crimes violentos ocorridos no Estado, no período de janeiro a agosto de 2016 em comparação ao mesmo período de 2017. Para a análise dos dados foram considerados violentos os crimes de roubo, homicídio, feminicídio, sequestro e cárcere privado.
Roubo
De acordo com os dados obtidos, apenas em Campo Grande, a redução no número de roubos foi de quase 10%, tendo sido registrados 5161 casos entre janeiro e agosto do ano passado e 4647 este ano.
Homicídio
Com relação aos crimes de homicídio, a análise identificou uma diminuição de quase 3,38% entre janeiro e agosto de 2016, na comparação com 2017, em todo o Estado. Já a Capital teve uma redução de 28,42% neste período.
Entre janeiro e agosto do ano passado, 65,77% dos crimes de homicídio foram esclarecidos no interior e 77,89%, em Campo Grande, resultando em uma média geral de 71,83% dos crimes solucionados.
Feminicídio
SequestroNo comparativo dos crimes de feminicídio, entre janeiro e agosto de 2016, a Polícia Civil realizou o registro de 19 crimes, tendo solucionado 17. Já em 2017, dos 20 crimes de feminicídio registrados, todos foram solucionados, ou seja, foram identificados os autores e a denúncia seguiu para o Poder Judiciário.
Do crime de sequestro e cárcere privado, entre janeiro e agosto de 2016, Mato Grosso do Sul teve 66 casos registrados, sendo 45 procedimentos instaurados, totalizando 68% de resolução. No mesmo período deste ano, foram registrados 67 casos, sendo instaurados 47 procedimentos, totalizando 70% dos casos solucionados.
De acordo com o delegado-geral da Polícia Civil do Mato Grosso do Sul, Marcelo Vargas Lopes, a meta para 2017 é de que a instituição alcance os 80% de resolução dos crimes de homicídio ocorridos na Capital, além de melhorar os números no interior, mesmo com as dificuldades por se tratar de Estado com uma fronteira muito extensa e que proporciona grande facilidade na aquisição de armas, favorecendo grupos criminosos.
“Estamos conseguindo desestimular o aumento da criminalidade em todo o Mato Grosso do Sul, mesmo com a dificuldade de sermos um Estado fronteiriço. A pessoa hoje para cometer um crime, principalmente de homicídio, tem que pensar duas vezes. Isso sem contar os crimes de feminicídio, que têm um alto índice de esclarecimento por parte da nossa Polícia”, destaca.
Para ele a Ouvidora Geral da Polícia Civil tem desempenhado um importante papel de forma a estabelecer um canal junto à sociedade sul-mato-grossense saiba que a Polícia Civil trabalha para dar paz a todos.
A pasta, que passou por uma recente reformulação, é o canal por meio da qual a população, e o próprio policial civil, podem realizar denúncias, elogios, críticas e tirar dúvidas.
“Sabemos o quanto é difícil impedir um crime, mas a Polícia Civil não tolera crimes contra a vida, o que resulta nos altos índices de resolução que possuímos, porém não deixamos de atuar com força e eficiência na solução de todos os outros tipos de crime. A Ouvidoria Geral hoje trabalha de forma incansável para que cada dia mais a Polícia Civil melhore no cumprimento do seu papel que é Servir e Proteger a sociedade, atendendo todas as demandas que chegam e dando o encaminhamento para o Departamento de Polícia correspondente”, destaca.
Sobre os altos índices de resolução de crimes, a integração das Delegacias Distritais, Grupo de Operações e Investigações (GOI), Delegacias Especializadas e o Garras é o principal fator desta efetividade. A criação do GOI criado em julho deste ano em substituição ao Setor de Investigações Gerais (SIG), permite uma presença imediata nos locais de morte violenta em todo município de Campo Grande, realizando levantamentos preliminares como o objetivo de identificar e qualificar a possível autoria do delito nas primeiras 72 horas após o conhecimento do fato.
Em casos de homicídio, após seis meses sem esclarecimento nas Delegacias Distritais, a investigação passa automaticamente para a Delegacia Especializada de Homicídio que, mesmo em crimes que estão a anos sem solução, continua trabalhando incansavelmente para conclusão do caso.
Destaque-se ainda a atuação das Delegacias Especializadas que, embasadas pelos levantamentos realizados pelas Delegacias distritais e Setores de Investigações Gerais de cada delegacia do interior do Estado, conduzem as investigações de forma a realizar a prisão dos acusados no menor tempo possível.
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