Saúde

Secretário diz que exame do coração aumentou, mas demanda ainda é maior

Circuito MS

15:50 19/09/2017

[Via Campo Grande News]

O secretário municipal de Saúde de Dourados, Renato Vidigal, disse hoje (19) que o número de ecocardiogramas disponibilizados para pacientes do SUS (Sistema Único de Saúde) aumentou de 88 para 320, mas admite ainda ser insuficiente para atender a demanda. Nesta terça-feira, a promotora de Justiça Fabrícia Barbosa Lima instaurou inquérito civil para apurar a demora de pacientes cardiopatas em fazer o exame. Em alguns casos, estão na fila há 20 meses.

“Até abril de 2017, a Secretaria de Saúde de Dourados contava com apenas uma unidade conveniada para o exame de ecocardiografia, com um total de 88 exames disponíveis por mês. No momento, após a contratação de mais dois prestadores, a Secretaria de Saúde dispõe de 320 vagas ao mês”, afirmou Vidigal em nota encaminhada ao Campo Grande News.

Apesar do aumento das vagas, o secretário afirma que o número ainda continua baixo para a demanda existente. Conforme o Ministério Público, atualmente existem 1.883 pacientes adultos e 159 pacientes infantis aguardando o ecocardiograma.

“Como sugestão seria a contratação de mais prestadores para realização de ecocardiografias. Estudos estão sendo realizados para que essa ação seja feita o mais rápido possível”, informou a assessoria de Renato Vidigal.

Ainda conforme a assessoria, a ecocardiografia ambulatorial é autorizada via sistema de regulação. O paciente do SUS, de posse do pedido do exame, deve se dirigir à unidade de saúde de referência no bairro onde mora para a inserção no Sisreg. Depois, o setor de regulação da Secretaria de Saúde faz a análise e classificação de risco, que fica disponível em tempo real através da internet.

“Caso o profissional regulador constate a urgência e se tiver vaga disponível, este pode proceder a autorização do referido pedido. Caso não tenha vaga disponível para agendamento, a solicitação fica como pendente no sistema, ou seja, aguardando vaga para posterior autorização”, explica a secretaria.

Conforme a pasta, os critérios utilizados pelo setor de regulação levam em conta a classificação de risco de cada paciente, como quadro clínico, história pregressa, tratamentos realizados (medicamentoso ou não) e resultados de exames anteriores.

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