Abandonada, primeira escola rural da Capital corre risco de desabar
16:20 01/12/2018
[Via Campo Grande News]
Com estrutura comprometida, o antigo prédio da Escola Municipal Isauro Bento Nogueira corre risco de desabar. É o que denuncia uma tese de mestrado apresentada na UFBA (Universidade Federal da Bahia). A virou alvo de investigação pela 26ª Promotoria de Justiça de Defesa do Meio Ambiente do MPMS (Ministério Público Estadual).
Fundada em 1955 no distrito de Anhanduí, a 55 km de Campo Grande, a unidade é a primeira escola rural de Campo Grande.
A situação crítica das instalações foram apontadas no relatório do estado de conservação dos bens tombados pelo município, elaborado em 2017, mas apresentado em janeiro de 2018 no Mestrado Profissional em Conservação e Restauração de Monumentos e Núcleos Históricos da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UFBA.
A escola foi tombada como patrimônio em 2003, sob responsabilidade da Sectur (Secretaria Municipal de Cultura e Turismo). Conforme o relatório, o local não possui proteção, acessibilidade, inclusive nos sanitários. A cobertura, aponta o documento, está comprometida, com cupins, além de não ter equipamentos para proteger da água da chuva.
Ainda segundo o relatório, as telhas estão quebradas, há apodrecimento da madeira, fissuras na estrutura, perda de materiais e risco de desabamento. O inquérito civil é acompanhado pela promotora Luz Marina Borges Maciel Pinheiro.
Outros bens tombados – Além da Escola, o relatório mostra a situação de outros 14 bens tombados em Campo Grande, a exemplo da capela de São Benedito, construída pela ex-escrava Eva Maria de Jesus, em uma das comunidades mais tradicionais de Campo Grande, Tia Eva.
O comprometimento da estrutura da igreja também é alvo de inquérito civil pela promotoria. Conforme o relatório, a igreja, localizada no bairro Seminário, apresenta risco de desabamento, em razão do apodrecimento do forro de madeira e por não possuir instalações elétricas adequadas, aumentando o risco de incêndio.
Construída em 1919 por Eva Maria de Jesus e tombada em 1996, as últimas intervenções com instalação do forro e substituição de telhas e algumas esquadrias ocorreram em 1980.
A reportagem pediu esclarecimentos à administração municipal, por meio da assessoria de imprensa, mas ainda não obteve resposta.
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