Na lancheira que Manu leva para a escola sempre tem um lanche fresquinho e feito em casa. Quando alguém pergunta à pequena quem foi que preparou, a resposta dela está na ponta da língua: “Meu pai que fez”. E de tanto ouvir a filha falar esta frase, o securitário Bruno Andrade Moslaves, 27 anos, pegou carona no jargão para se aventurar na cozinha de forma mais profissional e vender pão de queijo.

O que era um zelo com a saúde da própria família, passou a ser um trabalho sério, mas a essência é a mesma: o consumo consciente dos alimentos, eliminando o máximo possível os produtos industrializados das refeições diárias.

Bruno escolheu o pão de queijo para começar o empreendimento. Na receita, há três pontos que ele considera que sejam o diferencial. “Só uso ingredientes de qualidade, faço um equilibrio entre o polvilho azedo e o doce, para reduzir a acidez, e uso mais queijo do que geralmente se vê por aí”, garante.

O outro segredo que ele atribui ao sucesso da receita está no que o motivou a incluir uma alimentação mais saudável em casa. “A Manu despertou em nós um novo estilo de vida, a começar pela alimentação. Queremos sempre proporcionar o melhor a ela e sabemos que a comida que ingerimos é muito importante”, ressalta Bruno.

Aos 2 anos, a pequena Emanuele também é parceira do pai na cozinha, com direito até a avental e touca personalizados. “Sempre incluímos ela em nossas atividades do dia a dia, procuramos estar juntos, acostumamos com essa rotina”, diz Bruno.

Em uma postagem nas redes sociais do “Meu Pai Que Fez”, a esposa de Bruno, Iluska Senna Bonfá Moslaves, 28 anos, colocou a seguinte descrição que define bem o espírito do empreendimento: “Certo dia li a seguinte frase: Filhos costumam parir grandes empreendedoras (Cris Guerra). E empreendedores (pais) também, eu diria! Porque afinal, filhos transformam nossa vida! Pra melhor, sempre! Foi isso que a Manu trouxe pra nossa vida: Transformação, inspiração, força e muito, muito amor!”

E é exatamente isso que Bruno garante querer passar para as pessoas e para a própria filha. “O pão de queijo é um detalhe só. Queremos que a Manu tenha essa noção da relação do sentimento com a comida. O mundo está muito terrível, a gente procura torná-la uma pessoa boa para a sociedade, que saiba lidar com os imprevistos, que se torne uma adulta segura, convicta das escolha, isso vai refletir no futuro dela”, reflete o pai.

E entre massas, fornadas e embalgens de pão de queijo, ele tenta sempre fortalecer o laço familiar da maneira sólida e responsável. Enquanto Manu segue repetindo com orgulho: “meu pai que fez”.