Mãe de Kauan pode perder a guarda de mais dois filhos
17:20 04/04/2019
[Via Campo Grande News]
A dona de casa Janete dos Santos Andrade, 38 anos, mãe de Kauan Andrade Soares dos Santos, pode perder a guarda de mais dois filhos, em Campo Grande. Há quatro meses, outros três foram levados para abrigo. A situação familiar precária foi evidenciada após a morte de Kauan, assassinado em julho de 2017, cujo corpo nunca foi encontrado.
Janete foi intimada a comparecer à Depca (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente) na segunda-feira para prestar esclarecimentos à Justiça. Ela teme perder a guarda das meninas de 4 e 2 anos. A mulher mora, ainda, com o marido e outro filho, um adolescente de 16 anos, no Jardim Colorado.
Há quatro meses, recebeu intimação semelhante e, segundo ela, perdeu a guarda de outros três filhos (menina de 11 meses, e casal de gêmeos, de oito anos). “Me falaram que eu não tinha condições financeiras de ficar com eles”. As crianças foram levadas para abrigo no Jardim Leblon).
Janete diz que o marido já teve problema com drogas, mas está trabalhando em lava-jato. Mesmo quando fazia bicos, “nunca falou arroz e feijão em casa”.
A delegada titular da Depca, Marília de Brito Martins, não especificou o caso de Janete, mas explicou que as intimações são enviadas para que sejam esclarecidos a prática de crimes contra crianças. Sendo passível de medida de proteção, o Conselho Tutelar é notificado para providências, uma delas, podendo ser o acolhimento das crianças.
Morte – Kauan Andrade Soares foi violentado e esquartejado pelo professor Deivid Almeida Lopes, no dia 25 de junho de 2017.
Conforme relato de quatro adolescentes, com idades entre 14 de 16 anos, o menino foi violentado, antes e depois da morte, e esquartejado por Deivid.
Os garotos, que revelaram também serem estuprados com frequência pelo professor. Eles recebiam valores entre R$ 5 e R$ 15 para praticarem sexo com Deivid.
Os adolescentes contaram ainda à polícia que foram obrigados a praticar necrofilia (sexo com cadáver) e testemunharam o indiciado esquartejar o corpo de Kauan.
Os restos mortais teriam espalhados pelo rio Anhanduí. Mesmo sem o corpo, com base em investigação e perícia, a denúncia foi encaminhada e Deivid foi julgando, sendo condenado a 66 anos e dois meses de prisão.
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