Réu por morte de gestante nega ser dono do chinelo que o liga ao crime
16:35 03/05/2019
[Via Campo Grande News]
Numa manhã de negativas, Clodomiro Vicente Roa, que está no banco dos réus acusado de matar uma gestante, disse que não foi o autor do homicídio e também negou ser o dono do chinelo que o liga ao local do crime. Andrea Santana Braga, 30 anos, foi enforcada em 23 de março de 2015, na Vila Popular, em Campo Grande.
Nesta sexta-feira (dia 3), o réu, que está preso há dois anos e seis meses, é julgado na 2ª Vara do Tribunal do Júri. “Não matei ela. Ela foi morta, mas não fui eu. Fumei duas paradas de pasta-base, mas deixei ela viva”, afirmou.
No local não havia ninguém, mas a polícia encontrou um chinelo e tinha, com base em depoimentos de testemunhas, dois suspeitos de cometer o crime. Exame realizado nos pés dos suspeitos comparou as marcas às do chinelo e o autor foi identificado como Clodomiro.
A promotora Aline Mendes Franco Lopes questionou o réu sobre as mudanças de versão de como estava a vítima quando ele deixou o imóvel, onde foi encontrado o corpo de Andrea.
Durante o processo, primeiro disse que saiu da casa e a mulher estava na varanda, sentada na cadeira. Depois, que ela estava um dos cômodos. Hoje, o réu não detalhou qual a última vez que viu a vítima. Ele conta que saiu do local sob efeito de droga, jogou pedras numa casa e a polícia foi chamada.
No depoimento, Clodomiro disse que não sabia da gravidez de Andrea. “Era magrinha, não dava para ver”. O réu ainda contou que a casa era um “fumódromo” e que a vítima mediava a compra de entorpecente para ele. “Eu era escravo da droga”, disse. O julgamento prossegue nesta sexta-feira na 2ª Vara do Tribunal do Júri.
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