Campo Grande

Para economizar dinheiro, vendedor troca casa alugada por barraca em praça

Circuito MS

15:20 09/05/2019

[Via Campo Grande News]

Um homem de 53 anos, que preferiu não se identificar, montou uma barraca na Praça Ângelo Arcanjo Mota, no Bairro Vilas Boas, em Campo Grande, e resolveu “morar” no local. O intuito, segundo ele, é juntar o dinheiro que seria destinado ao pagamento do aluguel para visitar filhos que moram em Cuiabá (MT) e Manaus (AP).

A situação chegou ao Campo Grande News após uma moradora do bairro, localizado em área nobre, relatou que há muito lixo entorno da moradia improvisada.

“Caminho todos os dias na praça”, conta Marily Góes 65 anos, moradora da região. Ela afirma que acionou a Prefeitura de Campo Grande e um assistente social chegou a ir até a praça. Contudo, informou que nada poderia ser feito, pois o homem não quer sair. Uma das preocupações é a quantidade de lixo e o acúmulo de água, além da segurança.

 

Varal para as roupas na moradia improvisada. (Foto: Kísie Ainoã).Varal para as roupas na moradia improvisada. (Foto: Kísie Ainoã).

Motivos – Apesar de não se identificar, o morador da praça relatou bastante informação sobre sua vida. Ele conta que vende produtos de limpeza de casa em casa e que nem a família que mora em Campo Grande sabe que ele está nesta condição.

Há um mês, o homem decidiu sair da residência que alugava e ir para a praça. Com o pouco que ganha, não sobra muito e, quando decidiu deixar a moradia fixa, estava sem dinheiro.

“As pessoas, principalmente a polícia, precisam saber por que as pessoas estão na rua, saber a razão e não agir com agressividade”. Ele pretende juntar “algum dinheiro” para retomar a vida, além de viajar para ver os filhos – tem sete filhos e a mais nova recebe pensão de R$ 320.

À reportagem, o morador disse que já trabalhou como vendedor em lojas conhecidas de eletrodomésticos e usou drogas por muito tempo, mas que hoje é “uma pessoa de Deus e vai à igreja” e que sua intenção é mudar sua realidade e ter uma vida estabilizada novamente.

Ele afirma que, no começo, muitas pessoas reclamavam de sua presença na praça, porém agora, muitos entendem sua realidade. No local, a barraca doada é casa improvisada e onde ele dorme. Com caneca, toma banho e passa o dia em busca de clientes para o produto, vendido por R$ 15.

Comente esta notícia