Lugares em Campo Grande para você se sentir turista em sua própria cidade
8:35 24/08/2019
[Via Campo Grande News]
Campo Grande comemora 120 anos nesta segunda-feira, 26. Se você não vai conseguir emendar o final de semana prolongado para viajar nem mesmo para um bate e volta em lugares de turismo de aventura, como Bonito, Jardim, Aquidauana e Bodoquena, então a dica é aproveitar os três dias de folga como um turista em sua própria cidade.
Mesmo em tempos de crise econômica, a tendência é que muita gente prefira sair de Campo Grande, e isso significa que quem ficar terá a cidade mais sossegada e com menos trânsito de carros nas ruas. Por isso, o canal de turismo Lugares Por Onde Ando, do Campo Grande News, fez uma lista de lugares interessantes para você se programar e curtir a Capital sul-mato-grossense a custo zero.
Para começo de conversa, Campo Grande é uma cidade repleta de parques públicos, são oito mantidos pela prefeitura, mais os parques estaduais. O principal deles, o Parque das Nações Indígenas, localizado na região do Parque dos Poderes, entre as avenidas Afonso Pena e Antônio Maria Coelho, está na lista de lugares considerados imperdíveis do Centro-Oeste brasileiro, segundo a agência online Expedia, empresa americana do setor de turismo, uma das principais agências de viagens do mundo.
Há uma grande diversidade de opções para você fazer valer a pena o feriado pelos 120 anos da cidade. Veja a nossa lista abaixo:
1 – Museu José Antônio Pereira:
Neste feriado, nada pode ter mais a ver, e não apenas para quem gosta de história. O museu municipal conta a saga do fundador de Campo Grande com peças originais da época e relatos do guia sobre a viagem em caravana de carros de boi no ano de 1872 desde Barbacena (MG), sua terra natal, em busca de novos horizontes nesta parte do Brasil.
O museu tem fácil acesso. Está localizado na Avenida Guaicurus, s/n, bairro Jardim Monte Alegre, onde no início do Século 20 foi a Fazenda Bálsamo, que pertencia a Antônio Luiz Pereira, filho mais velho de José Antônio Pereira. Doada em 1966 para a Prefeitura de Campo Grande pela filha de Antônio Luiz Pereira, Carlinda Pereira Contar, a fazenda virou museu em 1983. Neste sábado, domingo e segunda-feira, o museu irá funcionar das 13h às 17h.
2 – Parque das Nações Indígenas:
Metade do parque está interditada por conta das obras de recuperação do lago, que foi engolido pelo assoreamento ao longo do seus 26 anos, mas mesmo assim há muito espaço de lazer e diversão. Afinal, sua área toda mede 119 hectares.
Inaugurado em 10 de agosto de 1993 pelo ex-governador Pedro Pedrossian, o parque é orgulho da cidade. É um dos maiores parques urbanos do mundo com ampla infraestrutura de esporte e lazer, desde quadras poliesportivas, de areia, arena de skate e patins, ciclovia, concha acústica para shows musicais, parquinhos infantis e pista de corrida e caminha, além de abrigar o Museu Dom Bosco e o Museu de Arte Contemporânea e animais de diversas espécies.
O parque tem seis portarias, todas com nome de nações indígenas: Guarany, Kaiwá, Nhandevas, Kadiwéu, Terenas e Ofaiés. Funciona de domingo a domingo das 6h às 21h.
3 – Parque dos Poderes:
É uma das atrações da cidade. Nem tanto pelas instituições públicas que abriga, como a sede do Governo do Estado, a Assembleia Legislativa, o Tribunal de Justiça e o Tribunal de Contas, mas pela beleza do lugar construído em meio a uma área de preservação ambiental.
Com largas avenidas, o Parque dos Poderes é ao longo da semana uma espécie de centro público de práticas esportivas, e nos fins de semana torna-se quase exclusivo dos esportistas com o fechamento de um lado da sua principal via, a Avenida do Poeta, desde a rotatória da Avenida Mato Grosso, emendando com a Avenida Afonso Pena.
4 – Praça Esportiva Belmar Fidalgo:
É um lugar com muita história. Até o final da década de 1970, o Belmar, como é popularmente conhecido, foi a principal praça esportiva da cidade. Era o Estádio Belmar Fidalgo, que desde o dia 5 de agosto de 1994 passou a ser o que é hoje: a Praça Esportiva Belmar Fidalgo, localizada entre as ruas Barão do Rio Branco e Dom Aquino, região central de Campo Grande.
Entre o final da década de 1920 e início da década de 1950 o lugar tinha o nome de Campo de Marte, por conta do nome de uma das ruas de acesso, a hoje Arthur Jorge. Em 1953, passou a se chamar Belmar Fidalgo, um militar famoso pela dedicação ao esporte na época.
Como estádio foi palco de grandes jogos do futebol amador, sede do primeiro time de futebol de Campo Grande, a Sociedade Sportiva Campo-grandense, a SSC, fundada em 1927, e onde nasceu a rivalidade entre Operário e Comercial, times que ainda hoje polarizam o futebol em Mato Grosso do Sul, apesar da decadência de ambos.
Na Praça Esportiva Belmar Fidalgo você tem à disposição duas quadras poli esportivas, quadra de areia, pista de corrida e caminhada, campo de futebol suíço, playground infantil e área para ginástica. Funciona de domingo à domingo.
5 – Parque Ecológico do Sóter:
Fica no bairro Mata do Jacinto com entrada principal pela Rua Cristóvão Luengo, 25, saída para Cuiabá. O Parque Ecológico do Sóter, inaugurado em 2004, funciona de domingo a domingo.
Com área de 22 hectares, no Sóter você tem quadras poliesportivas, pista de skate e patinação, pista de corrida e caminhada, academia ao ar livre, campo de futebol, salas de pilates e judô, parque infantil e pista de ciclismo.
6 – Parque Ayrton Senna:
Fica no bairro Aero Rancho com o portão principal na Rua Arapoti, 512. Inaugurado em 1994, o parque tem área arborizada de 32 hectares e oferece campos de futebol, quadras de areia, quadras poliesportivas cobertas, palco, três piscinas, pista de atletismo e academia ao ar livre.
Mantido pela prefeitura, o Parque Ayrton Senna tem programação de aulas de basquete, ginástica localizada e alongamento, além de caminhadas orientadas, onde o público recebe dicas de postura e maneiras de manter o condicionamento físico. Funciona de domingo a domingo.
7 – Parque Jacques da Luz:
Com estádio de futebol, ginásio poliesportivo coberto, playground para a criançada e extensa área verde, o Parque Jacques da Luz, ou simplesmente Parque das Moreninhas, fica na região conhecida pelos campo-grandenses como “saída para São Paulo”.
Com estrutura gratuita de esporte e lazer, o Jacques da Luz é perfeito para relaxar no feriado, especialmente se você mora na Moreninha I, II ou III. Fica na Rua Barreiras, S/N, na Moreninha III, e funciona todos os dias da semana.
8 – Cachoeira do Inferninho:
Se você tem medo de histórias do além ou é supersticioso, a Cachoeira do Inferninho não seria recomendável, mas se curte natureza e esportes de aventura, como o rapel, por exemplo, então com certeza é uma boa opção para o feriado da próxima quinta-feira. Afinal, o lugar não é só um ponto conhecido das páginas policiais como área de desova de cadáveres.
Fica na saída para o município de Rochedo, distante 16 km em relação ao centro de Campo Grande. Não oferece estrutura para o visitante, infelizmente, mas é um destino turístico com diversas quedas d’água que fazem valer a pena.
9 – Praça das Araras:
Na era das fotos instantâneas, a Praça das Araras é um belo lugar para uma boa selfie. O monumento com esculturas de três araras gigantes, criação do artista plástico Clair Ávila para estimular a preservação da ave, fica no bairro Amambaí, em uma região ainda hoje chamada popularmente de Cabeça de Boi, próxima ao Aeroporto Internacional.
É a Praça das Araras, por conta do monumento, mas já foi Praça União. Também tem quadra poliesportiva e parque infantil, mas não há muito o que ver no local, além do monumento das araras, porém, vale a visita nem que seja para fazer uma selfie.
10 – Igreja Santo Antônio:
Relatos históricos contam que a igreja foi construída entre 1876 e 1878, originalmente apenas uma capela de pau-a-pique, como cumprimento de uma promessa feita pelo fundador de Campo Grande, José Antônio Pereira, devoto do santo, diante de uma epidemia de gripe e febre alta na região.
Em 1912, a capela virou a primeira paróquia de Campo Grande. Em 1922, passou a ser a Matriz de Santo Antônio, e no ano de 1991, por ocasião da visita do Papa João Paulo II, tornou-se Catedral Metropolitana Nossa Senhora do Abadia e Santo Antônio. Fica na Travessa Lydia Baís, S/N, uma rua paralela a XV de Novembro com Calógeras, na região central da cidade.
11 – Orla Morena:
Para as novas gerações é só um parque linear em uma extensa área urbana, mas quem viveu a época do transporte ferroviário em Campo Grande, com certeza enxerga e sente muito mais do que isso ao visitar a Orla Morena, construída onde antes existiam os trilhos dos trens da Noroeste do Brasil.
Virou uma avenida urbanizada e estruturada com pista de caminhada, aparelhos de alongamento e ginástica, ciclovia, playgrounds, praças e quiosques. No trecho entre a Avenida Noroeste, passando a Avenida Júlio de Castilho até a Rua Plutão, são quatro espaços de convivência e lazer, o Largo dos Esportes, o Largo da Feira, o Largo do Mirante e o Largo das Árvores. Aberta 24h, a Orla Morena fica no bairro Cabreúva. É um lugar alto, de onde é possível ter uma boa visão da cidade de Campo Grande.
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