Queimadas voltam a se espalhar e atingem quatro terras indígenas
15:50 09/09/2019
[Via Campo Grande News]
O Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) detectou 477 focos de incêndios florestais em Mato Grosso do Sul nos primeiros oito dias de setembro, número equivalente à média de 59 novos registros por dia. Segundo o levantamento, quatro terras indígenas do Estado foram atingidas por queimadas no último fim de semana.
A situação mais grave é na reserva Kadiwéu, distribuída principalmente por Porto Murtinho e Bodoquena, região pantaneira. Conforme boletim do Inpe, 20 pontos de incêndio foram registrados na área no domingo (8).
O território indígena tem brigada própria, composta por 30 pessoas e treinada pelo Prevfogo/Ibama ((Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis). No fim de agosto, o Ibama autorizou a contratação de mais duas brigadas temporárias de 15 componentes para Porto Murtinho.
O último relatório disponibilizado pelo Inpe mostra quatro focos de queimadas na terra indígena Taunay/Ipegue, em Aquidauana. O município também será beneficiado por mais duas equipes com 15 brigadistas cada.
O levantamento do instituto aponta ainda para uma queimada na reserva Buriti, entre Sidrolândia e Dois Irmãos do Buriti, e outra na terra indígena Cachoeirinha, em Miranda.
A reportagem tentou contato com o coordenador estadual do Prevfogo, Márcio Yule, que não atendeu ou retornou as ligações até a publicação da matéria.
Dados – O monitoramento de queimadas do Inpe registrou, até domingo (8), 5.226 focos este ano em Mato Grosso do Sul. O número já se aproxima do dobro detectado em todo o ano passado (2.380) e supera o total acumulado em cinco dos últimos dez anos.
A cidade de Corumbá segue vice-campeã em incêndios florestais no Brasil em 2019, com 2.740 focos, atrás apenas de Altamira (PA), que soma 3.037.
Ainda conforme o Inpe, o País acumula 102.786 pontos de queimadas este ano, 46% a mais que os 70.631 em igual período de 2018.
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