Justiça

Justiça mantém prisão de empresário réu por liderar contrabando de cigarro

Circuito MS

11:51 02/10/2019

[Via Campo Grande News]

Apontado como um dos líderes de esquema de contrabando de cigarros na operação Trunk, José Antonio Mizael Alves, o Zezinho, teve negado pedido para revogação de prisão preventiva. Em 31 de julho, ele foi alvo da PF (Polícia Federal) em São Paulo.

No pedido de liberdade, a defesa alegou que ele tem ocupação lícita de empresário, no comando de franquias, é primário, com bons antecedentes e residência fixa. Contudo, a 3ª Vara da Justiça Federal de Campo Grande manteve a prisão por garantia da ordem pública, da ordem econômica e aplicação da lei penal.

Ainda de acordo com a decisão, datada de 27 de setembro, a organização criminosa estava em franco funcionamento e José Antonio participava ativamente, em posição de liderança.

Conforme interceptações telefônicas, há indícios de que empresário financiava cargas contrabandeadas, atuando como “batedor”, controlando a logística dos transportes e, juntamente ao outro líder, Francisco Job da Silva Neto, organizava as atividades dos demais integrantes da quadrilha.

O MPF (Ministério Público Federal) também aponta que José Antônio ainda atuava na corrupção ativa de policiais e que a operação tem várias imagens de suas reuniões com membros do grupo.

Na operação Trunk os setores são chefia, núcleo operacional e de apoio logístico, núcleo financeiro, núcleo responsável pela corrupção de policiais, e núcleo de agentes policiais responsáveis pela facilitação do contrabando.

A operação prendeu, em Dourados, os policiais rodoviários federais Moacir Ribeiro da Silva Netto e Alaércio Dias Barbosa. Nas gravações, o posto da PRF (Polícia Rodoviária Federal) é chamado de “casinha”. Com o dinheiro da propina, Alaércio teria arrendado o Prime Motel e Pousada, localizado em Ponta Porã.

Entre julho de 2018 a março de 2019, foram aprendidos quatorze caminhões e dois carros de passeios, todos lotados de cigarro. Durante oito meses de investigação, o prejuízo ao erário público foi calculado em R$ 42 milhões. Num único flagrante, a carga foi avaliada em R$ 3 milhões.

Ao todo, são 16 réus. Os crimes denunciados foram organização criminosa, contrabando, corrupção ativa e facilitação de contrabando. Dois réus também respondem por favorecimento pessoal por auxiliar terceiro a escapar de ação policial.

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