Manicure que abortou filho em salão de beleza passa por audiência hoje
17:50 30/10/2019
[Via Campo Grande News]
A manicure de 21 anos, presa há duas semanas acusada de homicídio por matar o filho ao fazer o parto sozinha no salão de beleza onde trabalha, passa por audiência de custódia na tarde desta quarta-feira (30) em Dourados, a 233 km de Campo Grande.
Internada no HU (Hospital Universitário) com escolta da Polícia Militar desde o dia dos fatos, ela será levada ao Fórum da cidade para passar pelo procedimento e existe chance de a Justiça conceder liberdade provisória para a mulher.
Nesta semana a Polícia Civil concluiu o inquérito sobre o caso. A manicure foi indiciada pela morte do filho, mas laudo médico atestando que ela está com depressão e não tinham plena consciência do que crime pode amenizar a situação da mãe. A mulher teria inclusive tentado suicídio durante a gestação, ingerindo grande quantidade de medicamentos.
O caso é conduzido pelo delegado Wiston Ramão Albres Garcia, da 1ª Delegacia de Polícia Civil. A investigação descobriu que o pai do bebê, morador em uma cidade da região e ainda não identificado, teria incentivado a manicure a fazer o aborto, se propondo a pagar pelo procedimento clandestino.
A manicure alegou que escondeu a gravidez usando faixas para apertar a barriga temendo não ser aceita pelos pais, com quem mora, por já ser mãe de uma menina de três anos.
Ela nega ter matado o filho intencionalmente. Alegou que ao tentar arrebentar o cordão umbilical puxando-o com força. Nesse momento, enforcou e matou o filho, que nasceu com 3,3 quilos.
O caso – O bebê nasceu na manhã do dia 17 deste mês no salão de beleza em que a mulher trabalha, no BNH IV Plano, região sul de Dourados. Conforme a ocorrência policial, após passar mal, a jovem se automedicou e por volta de 10h30, quando estava sozinha no estabelecimento, entrou em trabalho de parto.
Em seguida, duas pessoas chegaram ao local e acionaram o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência). A mãe e o bebê, que já havia nascido, foram encaminhados ao hospital, mas, a criança já estava morta. Com a conclusão do inquérito, caberá ao Ministério Público decidir se oferece ou não denúncia contra a manicure.
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