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Família de menino com crise renal denuncia “jogo de empurra” entre hospitais

Circuito MS

9:50 11/11/2019

[Via Campo Grande News]

A família de um menino de 10 anos que vive em Campo Grande denuncia um “jogo de empurra” entre Santa Casa e Hospital Regional na internação da criança que sofre de crise renal. Ele está desde terça-feira (5) internado no Hospital Regional, que tenta transferi-lo para a Santa Casa.

Segundo a tia do menino, Wilma Batistoti Goes de Souza, 54, a Santa Casa é onde ele esteve internado pela primeira vez na segunda-feira (4). O hospital, ainda assim, diz ela, deu alta para a criança na terça-feira (5).

A tia afirma que no mesmo dia em que foi liberado, durante a noite, o menino voltou a passar mal. Ela diz que a justificativa do médico para liberá-lo era que o caso demandava apenas atendimento ambulatorial.

“Ele começou a sentir dores e foi para o posto da Coronel Antonino, ficou sexta [1], sábado [2] e domingo [3] e na segunda [4] foi para a Santa Casa. Quando foi na terça, o urologista deu alta pra ele, às 13h, falou que o problema não era grave e que procurasse ambulatório próximo. No mesmo dia, terça a noite, passou mal de novo, meu irmão levou para o posto no e lá aconselharam a levar para o Regional”, contou.

Conforme a tia, ele realizou todos os exames, que indicam que está com cálculo – conhecido como “pedras no rim”, e que a região onde estão alojadas apresenta inchaço -. Além disso, diz, a criança apresenta fraqueza por não conseguir se alimentar e estar constantemente “vomitando”.

O que ocorre, relata, é que não há urologista pediatra no HR, e o urologista do hospital está em licença médica após cirurgia. Ela declarou que o HR tenta transferir a criança para a Santa Casa.

“Está há uma semana sem comer. A última tomografia afirma que está com volume a parte onde está a pedra, nem a morfina está segurando a dor, porque no regional não tem urologista pediatra. O médico que está passando lá é de adulto e está de licença porque fez uma cirurgia”, comentou.

Por meio da assessoria de imprensa, a Santa Casa respondeu que a criança “deu entrada no dia 04 e foi encaminhado ao urologista”. “O médico realizou todos os exames necessários e foi indicado que o canal não estava sendo obstruído pela pedra. Então não tem intervenção cirúrgica. Ele recebeu alta com medicação e encaminhamento para retorno ambulatorial para ser acompanhado até expelir a pedra”, disse a assessoria.

Campo Grande News entrou em contato com o HR, por meio da assessoria de imprensa, que não atendeu as ligações.

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