Ciência

As imagens mais impressionantes do espaço em 2019

Circuito MS

15:17 01/01/2020

NASA/JPL-CALTECH/SWRI/MSSS/KEVIN M. GILL

Com algumas grandes missões, 2019 trouxe para a Terra imagens impressionantes de todo o Sistema solar. Enquanto isso, alguns dos nossos telescópios mais poderosos foram exercitados nos elementos mais fascinantes do Universo.

Aqui estão algumas das melhores imagens produzidas:

Jupiter from JunoDireito de imagemNASA/JPL-CALTECH/SWRI/MSSS/KEVIN M. GILL

A espaçonave da Nasa, Juno, tem enviado imagens espetaculares das nuvens de Júpiter desde que chegou na órbita do planeta gigante em 2016. Essa visão incrível e colorida mostra padrões que lembram os de mármore. A foto foi compilada de quatro imagens separadas tiradas pela espaçonave em 29 de maio.

Naquela época, Juno estava próximo do quinto planeta do Sol, chegando a entre 18.600 km e 8.600 km das nuvens rodopiantes de Júpiter.

Jupiter from JunoDireito de imagemKEVIN MCGILL/NASA/JPL-CALTECH/SWRI/MSSS

A imagem acima mostra um turbilhão de nuvens dentro de uma região de correntes em Júpiter.

O boneco de neve

ArrokothDireito de imagemNASA/JHUAPL/SWRI/T. APPERE

Depois de sua exploração em Plutão em 2015, a espaçonave da Nasa New Horizons foi enviada a um novo alvo, no distante Cinturão de Kuiper, que fica para além da órbita de Netuno. Nesse cinturão, há milhares de objetos primitivos e gelados que nos fornecem informações sobre o começo do nosso Sistema Solar.

Cientistas estudaram um objeto chamado MU 69, que só foi descoberto em 2014. MU 69 (depois chamado de Ultima Thule, e agora Arrokoth) é um binário de contato, ou seja, um corpo formado por dois objetos que colidiram um com o outro em baixa velocidade. A coloração avermelhada é causada por compostos orgânicos na superfície.

Fogos de artifício

Eta CarinaeDireito de imagemNASA/ESA/N. SMITH/J. MORSE

Eta Carinae é um sistema estrelar localizado a 7.500 anos-luz de nós. Há ao menos duas estrelas que, combinadas, emitem cerca de 5 milhões de vezes mais energia que nosso Sol. Uma das estrelas tem liberado gás quente que expandiu para um par de uma espécie de balões. Por décadas, astrônomos se perguntam se está à beira da destruição, e se vai estourar em uma violenta supernova.

A última imagem do que parecem ser fogos de artifício foi divulgada neste ano, tirada por uma câmera do telescópio Hubble.

Selfie marciana

Mars Curiosity roverDireito de imagemNASA/JPL-CALTECH/MSSS

O rover espacial Curiosity (“curiosidade”), da Nasa, tem explorado a cratera Gale, em Marte, desde 2012. O robô tirou essa “selfie” quando explorava a encosta do Monte Sharp —uma montanha que é o pico central da cratera.

Duas amostras de rocha desse local mostraram quantidades excepcionalmente altas de minerais de argila. Argila muitas vezes se forma na presença de água, que é um ingrediente chave para a vida. Evidências anteriores mostraram que antes havia água na cratera Gale.

O lado oculto da lua

Lunar roverDireito de imagemCLEP

No dia 3 de janeiro deste ano, a sonda espacial chinesa Chang’e 4 tornou-se a primeira a aterrisar no lado oculto da Lua. Alguns dias depois da aterrisagem, câmeras no rover robótico e seu pousador foram comandados a tirar fotos um do outro.

Chang'e-4 landerDireito de imagemCLEP

A nave carregava câmeras, um radar capaz de espreitar o subsolo da superfície da Lua, um espectrômetro para identificar minerais e um experimento para criar plantas em uma pequena biosfera. Em maio, cientistas chinesas relataram que o Chang’e-4 confirmou uma hipótese antiga sobre a origem da vasta cratera no lado oculto da Lua quando a missão pousou. Eles encontraram evidências de que foi um impacto de um asteróide na Lua há bilhões de anos que penetrou sua crosta que provocou uma vasta depressão naquele lado da Lua.

Rivais da galáxia

NGC 772Direito de imagemESA/HUBBLE & NASA, A. SETH ET AL.

A imagem tirada pelo telescópio Hubble mostra uma galáxia espiral chamada NGC 772 que está a 130 milhões de anos-luz de distância. A NGC 772 tem muito em comum com nossa própria galáxia, a Via Láctea. Por exemplo, tanto a Via Lactéa quanto a NGC 772 têm pequenas galáxias satélite, que orbitam próximas a outras galáxias.

No entanto, também há aspectos em que são diferentes. Por exemplo, a NGC 772 não tem um elemento central chamado de “barra”, constituído de gás e estrelas que ajuda a afunilar materiais por meio do centro da galáxia —talvez abastacendo a formação estelar.

Estamos navegando

Lightsail 2Direito de imagemPLANETARY SOCIETY

O LightSail é um projeto desenvolvido pela organização sem fins lucrativos Sociedade Planetária. Seu objetivo é levar a cabo uma navegação solar na órbita da Terra. Velas solares são uma maneira bastante debatida de lançar uma nave espacial. As velas exploram o fato de que a luz solar exerce pressão em uma superfíce espelhada. Isso pode, em teoria, ser usado para propulsão em uma forma semelhante a uma vela sendo propelida pelo vento.

O LightSail 2 foi lançado no dia 25 de junho de 2019. Essa imagem mostra a vela em 23 de julho.

Via BBC Brasil

 

 

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