Greve de agente penitenciários atinge 90% de adesão em MS
8:15 18/10/2017
[Via Campo Grande News]
Outros quatro presídios de Mato Grosso do Sul se reuniram a greve dos agentes penitenciários e agora a paralisação das atividades atinge 90% de adesão em todo o Estado. Segundo o Sinsap (Sindicato dos Servidores da Administração Penitenciária de MS), apenas Aquidauana mantém seu funcionamento normalmente.
De acordo com o presidente do sindicato dos agentes penitenciários, André Santiago, os três presídios de Corumbá – a 446 quilômetros de Campo Grande – e também o Estabelecimento Penal Feminino Irmã Irma Zorzi, aderiram à greve. “Após uma reunião ontem à tarde o Estabelecimento Penal de Corumbá paralisou as atividades e hoje o semiaberto e o feminino de lá também paralisaram”.
Conforme Santiago, pelo segundo dia presos do regime semiaberto estão sendo impedidos de sair das unidades, presídios como a Máxima de Campo Grande, o IPCG (Instituto Penal de Campo Grande) e o Presídio de Trânsito, não estão recebendo novos internos. “Os setores de educação e trabalho também estão suspensos e apenas audiências para o fórum e atendimentos médicos emergenciais estão funcionando”, explicou Santiago.
Em Naviraí, a 366 quilômetros de Campo Grande, presos do semiaberto impedidos de deixar a unidade fazem greve de fome, como forma de protesto pela situação.
Até a tarde desta terça-feira (17), advogados estavam proibidos de entrar nos presídios, mas uma liminar emitida pelo TJ-MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) garantiu a visita dos defensores aos clientes.
“Até o momento o Governo ainda não deu nenhum posicionamento. Vamos continuar até que o governo reabra o diálogo. Queremos chegar a um consenso. Se não houver diálogo vamos manter a paralisação até domingo (22) e não haverá visitas”, concluiu o presidente do sindicato.
A Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário de Mato Grosso do Sul) afirmou que situação nos presídios seguem dentro da normalidade e apenas atividades dos setores de Educação e Trabalho estão suspensos em algumas unidades. “Não houve qualquer ocorrência de motim ou greve de fome entre os presos, e os serviços essenciais estão sendo realizados normalmente”, afirmou em nota.
Comente esta notícia
compartilhar