Quase 30% da população de Campo Grande recebeu auxílio do Governo Federal
16:34 22/09/2020
Entre as cidades do Estado, a maior porcentagem de pessoas beneficiadas está em Japorã e a menor em Itaporã
A população de Campo Grande é estimada em 906,096 mil habitantes, segundo estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgada no mês passado.
Do total, 29,8% recebeu o auxílio emergencial do governo federal, ou seja, 270,4 mil pessoas, das quais 37,1 mil são beneficiárias inscritas no programa Bolsa Família, 64 mil do Cadastro Único (CadÚnico) e 169,4 mil que se cadastraram voluntariamente pelo aplicativo Caixa Tem.
Cada trabalhador inscrito no programa recebe parcelas de R$ 600 (R$ 1,2 mil para mães chefes de família).
Até o fim de agosto, de acordo com os dados do Ministério da Cidadania, foram pagos R$ 828 milhões aos moradores de Campo Grande, sendo R$ 160,1 milhões do Bolsa Família; para os beneficiários do CadÚnico, o montante chega a R$ 205,6 milhões.
E para quem fez o cadastro no aplicativo Caixa Tem, os recursos chegam a R$ 462,3 milhões disponibilizados.
Segundo a economista Daniela Dias, o benefício foi importante para a maioria das famílias, mas alerta que é preciso usar com cautela.
“Esses recursos precisam ser gastos de forma consciente, renegociando o que for possível. E de qualquer forma vem para a economia: seja para as instituições bancárias, com o pagamento de contas, ou na forma de consumo, para alimentação e despesas prioritárias”, destacou.
MUNICÍPIOS
Entre os municípios de Mato Grosso do Sul, a média de beneficiários ficou próxima de 30%.
Considerando o total de habitantes estimados pelo IBGE, a cidade que mais demandou benefícios foi Japorã, onde 34,6% da população recebeu o auxílio de R$ 600. A cidade tem 9.243 habitantes, dos quais 3,2 mil tiveram acesso ao benefício.
Foram 1,9 mil inscritos no Bolsa Família, 506 no CadÚnico e 787 que se candidataram voluntariamente para acessar o auxílio. No total, os moradores de Japorã receberam até agora R$ 10,3 milhões.
Já a cidade com o menor porcentual de auxílio emergencial, considerando o total de habitantes, foi Itaporã, onde 19,4% tiveram acesso ao benefício.
Entre os 25.162 habitantes, 4,9 mil acessaram o recurso. São 364 pessoas com acesso ao Bolsa Família, 772 do Cadastro Único e outros 3,7 mil cadastrados por conta própria. A Caixa já pagou R$ 14,2 milhões em auxílio no município.
Nas maiores cidades do Estado, a tendência foi a mesma da Capital. Em Dourados, segunda maior cidade de MS, dos 225,495 mil moradores, 70,5 mil pessoas (31%) foram beneficiadas com R$ 216,7 milhões, conforme dados do Ministério da Cidadania.
Três Lagoas tem aproximadamente 123,281 mil moradores, de acordo com o IBGE. Destes, 37,1 mil pessoas (30%) receberam a ajuda federal, um total de R$ 116,6 milhões injetados na economia municipal.
Dos 112,058 mil moradores de Corumbá, 34,6 mil (ou 30,8% do total) tiveram acesso às parcelas do benefício, gerando montante de R$ 112,4 milhões em recursos.
Já na cidade vizinha, Ladário, 23% da população teve acesso ao benefício. Entre os 23.689 habitantes, 5,6 mil acessaram o recurso. A Caixa já pagou R$ 18,4 milhões na cidade.
RENDIMENTOS
Entre as cidades com as maiores rendas per capita no Estado, Chapadão do Sul e São Gabriel do Oeste registraram 27% da população com acesso ao benefício. Em Chapadão do Sul, dos 25.865 habitantes, 7,2 mil acessaram o recurso, ou seja, 27,8% do total. Conforme dados do Ministério da Cidadania, foram R$ 22,4 mil disponibilizados.
Já em São Gabriel do Oeste, 7,5 mil (27,5%) dos 27.221 habitantes receberam os recursos. Na cidade foram injetados R$ 23,4 milhões com o benefício emergencial. Na outra ponta, dos municípios com as menores rendas per capita, estão Paranhos e Anastácio.
Em Paranhos, dos 14.404 habitantes, 4,3 mil receberam o auxílio emergencial, 29,8% do total de moradores. Os recursos chegam a R$ 14,7 milhões.
Anastácio também está entre as cidades com as menores rendas per capita de MS. No município, 8,3 mil dos 25.237 moradores receberam os recursos. São 32,8% da população da cidade que acessaram R$ 26,7 milhões.
ESTADO
O benefício foi criado para ajudar trabalhadores informais, desempregados, microempreendedores individuais (MEIs), beneficiários do Bolsa Família e pessoas inscritas no CadÚnico para reduzir os efeitos da crise econômica causada pela pandemia.
Em Mato Grosso do Sul, 30% dos habitantes receberam a ajuda governamental.
Segundo estimativa do IBGE, Mato Grosso do Sul tem 2,8 milhões de habitantes, dos quais 844,4 mil (30%) receberam o auxílio emergencial.
No total foram pagos R$ 2,65 bilhões aos sul-mato-grossenses.
O benefício ajudou a manter a movimentação econômica no Estado e colaborou para amenizar os impactos negativos, conforme a economista.
“De uma forma geral, todo recurso neste momento tende a ampliar as expectativas, principalmente quando a gente considera o atual cenário. Esses recursos foram muito necessários, ajudaram a amenizar os impactos. Foi em totalidade? Não, mas entre nada e pouco, esse pouco pode significar muito para diversas famílias. No Estado, foi a principal fonte de renda de 10% da população. Sem dúvida foi uma ajuda vinda num momento que precisava”, considerou Daniela Dias.
Via Correio do Estado
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