Economia

Exportação no Rio Paraguai cai 44% no primeiro bimestre em relação à mesma época de 2020

Circuito MS

9:17 15/03/2021

Percentual é referente a Corumbá; Porto Murtinho não operou nos dois primeiros meses do ano

Pelo Rio Paraguai, altura de Corumbá, foram exportados 373 mil toneladas de grãos em janeiro e fevereiro desse ano. Já no primeiro bimestre de 2020, esse número foi de 661 mil toneladas, o que representa um decréscimo de 288 mil toneladas, ou seja, 46% a menos se comparado ao mesmo período do ano passado.

Porto Murtinho voltou a funcionar neste mês, portanto, não realizou movimentações em seus terminais portuários nos dois primeiros meses do ano.

As informações são da Carta de Conjuntura do Setor Externo produzida pela Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro) com dados do Ministério da Economia.

Nos primeiros dias de março, soja foi carregada em Porto Murtinho com destino à Argentina. A estimativa é de que 400 mil toneladas de grãos sejam movimentados neste porto caso o nível do rio tenha condições favoráveis.

Secretário da Semagro, Jaime Verruck, demonstra preocupação quanto ao calado do rio. “Ainda que o momento atual ofereça condições de navegabilidade para as exportações, já tivemos uma queda nessas operações nos portos do Estado, que chegou a 51% em Corumbá. Fica muito clara a questão do impacto da crise hídrica e da dificuldade de calado restringindo as exportações por esses portos”, pontua.

De acordo com o Boletim Diário do Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (IMASUL), o nível do Rio Paraguai até a última sexta-feira (12) estava em 2,95 metros na estação telemétrica de Porto Murtinho; 1,62 metros nas estações de Porto Esperança e Ladário e 4,66 metros na estação telemétrica de São Francisco.

O rio estava em estiagem em alguns períodos de janeiro. O secretário da Semagro diz estar atento ao monitoramento do nível do Rio Paraguai, tanto em Porto Murtinho, quanto em Corumbá e Ladário.

O rio Paraguai percorre 1.693 km e passa pelo Brasil, Bolívia, Paraguai e Argentina. Ele deságua no Rio Paraná, que é seu principal afluente. É navegável, possui pequeno potencial elétrico e enche com as chuvas de verão. Ele fica na beira do distrito de Forte Coimbra, pequena comunidade conhecida pelas lutas na Guerra do Paraguai.

Via Correio do Estado

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