Esportes

Brasil tem dia dourado na natação e quebra recorde paralímpico em Tóquio

Circuito MS

9:14 30/08/2021

O fim de semana foi dourado nas piscinas de Tóquio. Neste domingo (29), a nadadora Maria Carolina Santiago quebrou o jejum de 17 anos do Brasil na natação feminina. A atleta pernambucana de 36 anos não só levou o ouro nos 50m livres como estabeleceu um novo recorde paralímpico, ao percorrer a distância em 26s82. Ela compete na classe S13, para atletas com deficiências visuais.

 

Foi o segundo pódio de Carol na capital japonesa. Ela já havia sido bronze nos 100m costas na classe S12.

O mineiro Gabriel Araújo, que já tinha levado prata nos 100m livres, conquistou a décima medalha de ouro para o Brasil, vencendo a final dos 200m livres. Também na natação, a paranaense Beatriz Carneiro levou o bronze nos 100m peito.

E um outro ouro histórico e feminino para o Brasil veio no halterofilismo: Mariana D’Andrea conquistou o primeiro ouro do Brasil no esporte na história das Paralimpíadas.

A judoca Alana Maldonado levou uma medalha de ouro, a primeira do Brasil nos Jogos Paralímpicos. E Meg Emmerich garantiu mais um bronze para o judô brasileiro com um Ippon contra a mongol Nyamaa.

O baiano Renê Pereira ganhou o bronze na final do remo do Skiff simples. O atleta já acumula outros títulos, como pentacampeão brasileiro e tricampeão sul-americano.

 

Atletas afegãos

Os dois atletas paraolímpicos afegãos, que não embarcaram para Tóquio após o Talibã assumir o poder no país, chegaram no sábado (28) Japão e vão finalmente participar dos Jogos Paralímpicos, anunciou o Comitê Paralímpico Internacional.

“A equipe paralímpica afegã, representada por Zakia Judadadi e Hossain Rasuli, chegou à capital japonesa no sábado, 28 de agosto, pronta para participar dos Jogos Paraolímpicos de Tóquio 2020”, informou o comitê, especificando que “foram levados no último fim de semana de Cabul a Paris”, antes de viajar para o Japão.

“Esta semana, os atletas descansaram e treinaram em Paris”, acrescentou a entidade.

Os dois atletas estavam entre as dezenas de milhares de pessoas que não puderam deixar o Afeganistão desde a violenta ofensiva dos talibãs.

Zakia Judadadi até fez um pedido de ajuda para fugir do país. “O anúncio deu início a uma operação mundial que levou à sua retirada em segurança do Afeganistão, sua estadia na França e agora sua chegada em segurança em Tóquio”, explicou o presidente da CPI, o brasileiro Andrew Parsons.

Judadadi, que nasceu com uma má formação no membro superior, vai competir no Taekwondo na categoria até 49 kg na quinta-feira, 2 de setembro (categoria K44). Já Rasuli, que perdeu o braço esquerdo na explosão de uma mina, participará da prova de 400 metros de atletismo (T47) um dia depois.

(Com AFP)

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