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9:22 19/09/2021

A dica da semana é a série brasileira “Psi”, disponível no catálogo da HBO Max

Dica da Semana: “Psi”

Com quatro temporadas, a série brasileira é uma forte opção no catálogo da HBO Max

Apesar do tema de saúde mental estar muito em alta nos últimos anos, com muitas pessoas atentando para a importância de se normalizar a consulta a um psicólogo/terapeuta/psiquiatra, pouco desse assunto foi explorado na televisão, ainda mais nas produções brasileiras. Porém, as que se propuseram a tal, rapidamente ganharam bastante notoriedade no meio, sendo os principais destaques “Sessão Terapia”, série originalmente israelense que teve uma versão brasileira feita pela GloboPlay, e “Psi”, produção original do canal latino da HBO. Com quatro temporadas, “Psi” é estrelada por Emílio de Mello e foi criada pelo escritor e psicanalista Contardo Calligaris.

A série conta a história de Carlo Antonini, um psicanalista, psicólogo e psiquiatra que possui um consultório em São Paulo. Lá, o homem atende todos os tipos de pessoas com os mais variados problemas, como um jovem que se automutila, uma mulher que bebe o sangue de seus amantes sem os matar e até mesmo uma espécie de pedófilo não praticante. Ao mesmo tempo, quando alguns pacientes reclamam de situações mais rotineiras, o psicólogo não as considera dignas de maior atenção e logo recomenda que a pessoa procure outro profissional, em uma política de zero tolerância ao que considera banalidade.

Apesar de cada episódio explorar o caso de um paciente em específico, ao longo dos dez episódios da temporada o espectador também é apresentado a realidade do próprio Antonini, que tem um interesse em crimes e casos complexos da cidade de São Paulo, os quais investiga por conta própria em suas horas vagas. Além desse lado profissional, “Psi” também explora os relacionamentos afetivos de Carlo, como sua amiga Valentina (Cláudia Ohana) – com quem divide o consultório –, seu amigo Severino (Raul Barreto) – um coveiro –, e a dinâmica com sua ex-mulher, seu filho e dois enteados. A série é inspirada na vida do próprio autor, que utilizou muito de suas vivências pessoais e profissionais para conceber a narrativa da produção, o que a torna mais interessante ainda.

Link para o trailer de “Psi”.

Estrelas quase humanas

“Meus heróis eram cowboys” é um documentário original da Netflix que companha o treinador de animais mais famoso de Hollywood

Para que uma produção audiovisual seja exibida, geralmente existe uma grande equipe por trás, para além dos produtores, atores e cineastas, que colocam a “mão na massa”. Por trabalharem de forma a prestar suporte, algumas figuras bastante conhecidas no mundo audiovisual muitas vezes não recebem tanto reconhecimento do público em geral, que, na maior parte das vezes, nem os conhece. E é justamente sobre uma dessas personalidades que a produção original da Netflix “Meus heróis eram cowboys”, cuja estreia está marcada para o dia 16 de setembro, fala sobre.

Um documentário original da Netflix, “Meus heróis eram cowboys” acompanha a vida do treinador profissional de cavalos Robin Wiltshire. Apaixonado pelos filmes de faroeste, Robin teve uma infância bastante difícil e os longas eram o seu refúgio e maior paixão. Seu primeiro contato com cavalos foi como um cowboy de rodeio, profissão que exerceu durante sete anos na Austrália, país onde nasceu. Mesmo antes de se mudar para Califórnia (Estados Unidos), onde reside e trabalha até hoje, Robin já tinha sido apresentado ao mundo do cinema, mas foi em solo americano que o treinador iria ganhar sua fama, muito por conta da sua história profissional e seu contato emocional com os animais, habilidade desenvolvida ao longo de toda sua vida.

O entrosamento do australiano com os cavalos de fato é realmente impressionante e logo chamou a atenção de produtores de todos os tipos de mídia audiovisual. Assim, Robin começou a treinar seus cavalos para aparições em comerciais – em um deles os cavalos até jogavam futebol –, filmes e séries. Uma das grandes preocupações do treinador é com a saúde dos animais, que são expostos a muitos estímulos durante as gravações, tópico que também é abordado na produção. No geral, o documentário é bastante interessante para aqueles que, além de gostarem de cavalos, também possuem interesse no que acontece por trás das câmeras em grandes produções de Hollywood.

Link para o trailer de “Meus heróis eram cowboys”.

Tempos modernos

Adolescente sonha em ser uma drag queen profissional em novo longa da Amazon Prime Video

A arte Drag como se conhece hoje, tem suas origens nos anos 30, nos Estados Unidos, quando começaram a surgir bares voltados para comunidade LGBTQIAP+. Nesses locais, homens que usavam roupas e adereços tipicamente associados ao universo feminino faziam performances de música, teatro e até mesmo comédia. Atualmente, esse universo ganha muito destaque, principalmente em decorrência do reality show americano RuPaul’s Drag Race. E é nesse contexto que se passa “Todos Estão Falando sobre Jamie”, um musical que estreia de forma exclusiva na Amazon Prime Video dia 17 de setembro.

Jamie (Max Harwood) é um adolescente de Sheffield, na Inglaterra, que recebe de sua mãe um par de salto altos vermelhos como presente de aniversário de 16 anos. Imediatamente, ele decide que precisa mostrar os sapatos para sua melhor amiga, Pritti Pasha (Lauren Patel), que o encoraja a usá-los no baile de formatura. Acontece que, apesar de Jamie não esconder de ninguém o fato de ser gay, poucos sabem que seu sonho é ganhar a vida como uma drag queen, mas ele planeja revelar a todos justamente no último dia com os colegas de classe. Apenas três pessoas encontram-se no caminho de Jamie: seu pai homofóbico (Ralph Ineson), o valentão do colégio, Dean Paxton (Samuel Bottomley), e sua professora, Miss Hedge (Sharon Horgan).

No entanto, seria preciso muito mais do que isso para abalar a confiança de Jamie, que está disposto a seguir seus sonhos e, para isso, busca conselhos com Hugo Battersby (Richard E. Grant), uma drag aposentada que o introduz a história do movimento e da luta pelos direitos da comunidade LGBTQIAP+ nos anos 80 e 90.  Assim, Jamie passa a entender que graças a essas pessoas no passado, hoje ele consegue ser o jovem confiante e com voz para questionar sua escola sobre qual é o motivo dele não poder ir de vestido em uma festa.

Link para o trailer de “Todos Estão Falando sobre Jamie”.

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