Geral

Você já participou de um leilão? Entenda os riscos e como arrematar um veículo

Circuito MS

15:51 26/10/2021

Podem ser leiloados veículos para uso e sucata com descontos de até 95%

Devido a disparada nos valores de veículos, tanto novos quanto usados, por conta da pandemia da Covid-19, que fez fábricas ficarem fechadas e baixarem os estoques nas lojas, muitas pessoas estão recorrendo para os leilões. Com descontos que podem chegar até 95%, esse tipo de “compra” tem crescido no país.

Em Mato Grosso do Sul existem diversas formas de conseguir leiloar um veículo, através do Departamento de Trânsito de Mato Grosso do Sul (Detran-MS), Tribunal de Justiça de MS (TJMS), Polícia Rodoviária Federal (PRF), prefeituras e, até mesmo, instituições privadas, como bancos.

Mesmo com a gama de locais, comprar um veículo por meio de leilões pode ser arriscado ao arrematante, já que está comprando algo que foi usado por outras pessoas e que está parado por determinado tempo, sob chuva e sol.

Mas, mesmo com esses detalhes, há aqueles automóveis em bom estado e que estão sendo leiloados apenas por falta de pagamento do antigo proprietário, sendo por causa de multas, atraso na documentação ou parcela a bancos e financeiras.

O chefe do setor de leilões do Detran-MS, Tulio Brandão, explicou que existem três categorias de leilões, sendo circular, aproveitável e inservível.

Os veículos que vão para a classe circular são aqueles que, após o leilão, poderão retornar às ruas da cidade, já que foram apreendidos por falta de pagamentos.

“Qualquer pessoa pode participar dessa modalidade, o que gera uma maior procura diferente dos outros que são classificados como sucata”, disse o chefe do setor.

Os valores dos veículos a serem leiloados podem apresentar descontos de até 70% do preço de mercado. Mas, com a disputa, o automóvel sai em torno de 20% mais barato.

“A avaliação é feita pelo leiloeiro, ele analisa o critério do valor de tabela FIPE com o cálculo do tempo de apreensão, já que fica exposto no tempo, além de analisar as características físicas do veículo”, relatou Brandão.

“Quando a pessoa arremata o automóvel ele pega como se fosse um novo cadastro, 100% desembaraçado, sem multas, débitos e com o licenciamento e o DPVAT pagos”, continuou.

Os proprietários desses veículos podem voltar atrás e quitar suas contas até um dia antes do leilão ser aberto.

Eles são informados durante a apreensão que o carro irá para o pátio do Detran e que depois de 60 dias será leiloado. Depois de 30 dias, o departamento lança um edital informando novamente os donos dos automóveis sobre as condições.

Quando é publicado o leilão, o possuinte é avisado que poderá até o último dia pagar as multas e débitos, e voltar a ter o veículo.

As outras duas categorias são enquadradas como sucata, sendo que apenas pessoas jurídicas, e que trabalham no ramo da reciclagem e com comércio de peças podem conseguir adquirir os automóveis.

O primeiro é caracterizado como aproveitável, aqueles veículos que não vão voltar a rodar, mas as peças podem ser vendidas. Os descontos para esses automóveis podem chegar a 85%.

E o outro é o inservível, no qual o carro é amassado e vendido por kg para sucata, no qual o abatimento pode chegar a 95%. O primeiro lance é de 29 centavos por kg.

O arrematante que adquirir o objeto deverá gerar um boleto e pagar o valor de forma à vista.

Brandão explica que existem riscos, mas que são baixos ao adquirir o veículo.

“Os riscos são que o veículo foi apreendido a um certo tempo e está em baixo de sol e chuva, mas o empreendedor pode ver como uma oportunidade para reformar e vender por um valor maior do que aquele que comprou”, expôs Brandão.

Em relação a perda de dinheiro, o TJMS alertou que existem golpistas que se passam por leiloeiros oficiais credenciados, mas a Comissão de Alienação de Bens Apreendidos em Ações Penais orienta que as pessoas devem checar se o site é verdadeiro.

O TJMS disponibiliza um site para que o usuário verifique se o leiloeiro e o seu respectivo site são os mesmos cadastrados no sistema.

Via Correio do Estado

Comente esta notícia