Política

Corte de gastos nos obrigou a se modernizar, diz reitor da Federal

Circuito MS

14:20 21/08/2017

[Via Campo Grande News]

Durante evento que aconteceu na manhã desta segunda-feira (21) na Assembleia Legislativa, no Parque dos Poderes (zona leste), com a presença do ministro da Educação, José Mendonça Bezerra Filho, o reitor da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Marcelo Turini, disse que os cortes de gastos efetivados pelo governo federal na instituição a obrigaram a se modernizar.

Segundo Turini, os cortes orçamentários de 40% abriram espaço para a modernização e informatização dos sistemas e renegociações contratuais com prestadores de serviços.

“Não tivemos prejuízo nos cursos, na qualidade do ensino, os alunos não saíram prejudicados com essa redução no repasse de verbas”, assegurou o reitor. Entre os exemplos, está a manutenção de contratos vigentes por apenas 25% do valor original acertado.

Uma reunião, segundo o reitor, está marcada na próxima semana entre o ministro e outros 97 representantes de instituições federais para que valores de repasse sejam discutidos.

Mesmo assim, Turini aproveitou a presença do ministro para pedir que suas exigências sejam atendidas. Além do orçamento de R$ 27 milhões previsto para o ano que vem, o reitor quer mais dinheiro para até o final de 2017. “Já conversei com ele (ministro) e a expectativa é que seja liberado 100% (da verba) até o final do ano”, disse.

Em seu discurso, Turini pediu abertamente pelos R$ 7 milhões necessários para a universidade concluir pelo menos oito obras em aberto, entre elas o novo prédio do curso de medicina, tanto em Campo Grande como em Três Lagoas (a 338km da Capital), assim como a nova sede do curso de nutrição.

O reitor, contudo, ponderou que apesar do pedido por mais dinheiro, a universidade está entregando um total de R$ 9,6 milhões em obras, entre as quais se destacam o complexo de formação de professores, de veterinária (que atenderá até 500 alunos) e a ampliação do restaurante universitário com capacidade para servir 600 refeições de uma só vez.

Ainda de acordo com Turini, a ameaça de manifestações dos alunos sobre o aumento de preço das refeições na UFMS é injustificável. Segundo ele, o local já funciona no período do jantar e a adequação dos valores se faz necessária para manter gratuito o serviço aos alunos de baixa renda.

“Por isso precisamos dessa elevação. Para esses alunos carentes não irá aumentar (o valor)”, disse, revelando que o valor por prato irá dos R$ 2,50 atuais para R$ 4,50, ainda sem data prevista.

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