Campo Grande

Para evitar greve dos motoristas, Consórcio quer passagem a R$ 5,12

Circuito MS

18:37 04/01/2022

Prefeitura afirmou que dará o subsídio da gratuidade para a empresa, mas o reajuste da passagem ficará em R$ 4,40

Com a greve dos motoristas de ônibus marcada para começar na sexta-feira (7), Consórcio Guaicurus, empresa responsável pelo transporte público na Capital, alegou que só conseguirá dar o reajuste para os trabalhadores caso a passagem aumente para R$ 5,12 neste ano.

O valor solicitado pela empresa foi calculado pela Agência Municipal de Regulação dos Serviços Públicos (Agereg). Contudo, em dezembro, a prefeitura anunciou que reajuste do transporte não deve ser maior de 5%, aumento de R$ 0,20 no preço praticado atualmente, passando de R$ 4,20 para R$ 4,40 (valor arredondado).

A empresa também quer o pagamento por parte do administrativo municipal e estadual dos respectivos alunos que fazem uso da gratuidade do passe do estudante e a isenção do Imposto Sobre Serviços (ISS).

O presidente do Consórcio Guaicurus, João Rezende, afirmou que deve se reunir com o prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad (PSD), entre hoje (4) e amanhã (5) para entrar em acordo.

“Vamos pedir para que eles cumpram o contrato, o valor que a Agência de Regulação estabeleceu. O subsídio é para quem utiliza o transporte, não para o Consórcio, quem utiliza está pagando, a passagem está alta por canta de várias razões”, afirmou.

Ao Correio do Estado, Marquinhos afirmou que o município pretende dar subsídio de até R$ 1,2 milhão ao transporte coletivo e urbano da Capital, mas não deve aumentar o valor da passagem.

Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Coletivo e Urbano de Campo Grande (STTCU) decidiu pela greve em assembleia da categoria realizada na segunda-feira (3), solicitando reajuste salarial de 11,08%.

A paralisação será por tempo indeterminado, “até que o Consórcio cumpra o que foi prometido”, disse o diretor financeiro do STTCU, William Alves.

O Consórcio já foi comunicado sobre a greve, Rezende afirmou que se um acordo não for feito, a briga pelo preço da passagem pode ser judicializada.

“Nós vamos parar na Justiça para ver no que vai dar, mas estamos evitando isso ao máximo”, ressaltou o presidente do Consórcio.

Via Correio do Estado MS

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