Turismo internacional não deverá alcançar nível pré-pandemia antes de 2024, diz OMT
17:50 18/01/2022
Desempenho em 2022 ainda está condicionado ao avanço da variante ômicron. Desempenho em 2021 foi 72% inferior ao de 2020, apesar de alta em relação a 2021.
As viagens de turismo internacional em nível mundial não devem recuperar os níveis pré-pandemia antes de 2024, segundo um levantamento publicado nesta terça-feira (18) pela Organização Mundial do Turismo (OMT), que prevê um começo de 2022 condicionado pela variante ômicron.
Segundo a agência das Nações Unidas sediada em Madri, o número de desembarques internacionais aumentou 4% no mundo no ano passado em relação a 2020, mas continuou sendo 72% inferior ao de 2019, antes do início da pandemia de covid-19.
“O ritmo da recuperação continua lento e desigual nas diferentes regiões do mundo, devido aos graus distintos de restrição à mobilidade, às taxas de vacinação e à confiança dos viajantes”, explicou a OMT em comunicado.
Na Europa e nas Américas, as chegadas de visitantes estrangeiros aumentaram em 19% e 17%, respectivamente, com relação a 2020. Já no Oriente Médio elas retrocederam 24%, enquanto na Ásia-Pacífico caíram até 65%, e permanecem com um nível 94% inferior ao de 2019.
Para 2022, os especialistas da OMT veem perspectivas mais “favoráveis”, mas o crescimento dos casos pelo surgimento da variante ômicron, que é mais contagiosa, “vai atrapalhar a recuperação” no início do ano.
As chegadas de turistas internacionais devem subir de “30% a 78%” em comparação com 2021, mas ainda seriam inferiores aos números de 2019. Segundo as estimativas de diversos especialistas, a volta ao patamar pré-pandêmico só deverá acontecer em “2024 ou depois”.
A retomada do turismo internacional é esperada com impaciência pelos profissionais do setor, assim como por numerosos países que dependem do turismo e tiveram suas economias duramente atingidas pela pandemia.
Segundo a OMT, a “contribuição econômica do turismo” em 2021 no mundo foi de 1,9 trilhão de dólares, muito abaixo dos 3,5 trilhões de 2019.
Via G1
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