Menos viagens, menos empregos: variante ômicron deve impactar turismo no 1º trimestre; entenda
10:06 26/01/2022
Cancelamento de voos, adiamentos de viagens e suspensão de cruzeiros colocam em xeque a recuperação do segmento; em 2021, faturamento do setor cresceu 22,5%.
Cruzeiros suspensos, voos cancelados e pacotes de viagens postergados. Além de atrapalhar as férias dos brasileiros, o avanço da variante ômicron do coronavírus coloca novamente em xeque a recuperação do setor de turismo no país.
Depois de perderem 36% da receita em 2020, segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), as empresas de turismo ganharam fôlego extra no ano passado com o avanço da vacinação. Em 2021, o faturamento chegou a crescer 22,5% com a demanda forte para o início deste ano.
Mas a nova variante traz de volta a sensação de incerteza, e deve desacelerar o ímpeto do setor no primeiro trimestre deste ano.
Dados da Associação Brasileira de Agências de Viagens (Abav) mostram que o primeiro impacto do coronavírus causou uma queda de 58% dos ganhos das agências entre 2019 e 2020 — de R$ 33,9 bilhões para R$ 14 bilhões.
“Em março de 2020, o mundo se fechou. Não havia hotel, restaurante, passeios, nada. O faturamento foi a zero por quatro a cinco meses”, conta Ana Carolina Medeiros, presidente em exercício da Abav .
O faturamento anual das agências em 2021 só será divulgado pela Abav em março. Mas, de acordo com Roberto Haro Nedelciu, presidente da Associação Brasileira das Operadoras de Turismo (Braztoa), em novembro do ano passado 20% das operadoras de turismo estavam vendendo igual ou melhor que antes da pandemia.
Em dezembro, porém, a explosão de casos de Covid-19 fez com que parte dos clientes adiasse suas viagens ou optasse por destinos dentro do país.
Ainda assim, as expectativas para 2022 como um todo são positivas.
“A gente prevê uma pequena retração do mercado no primeiro trimestre deste ano, que não deve ser muito significativa. Essa desaceleração deve ser superada nos trimestres seguintes, com a melhora dos índices de contaminação”, disse Nedelciu.
Via G1
Comente esta notícia
compartilhar