Na Justiça, família de Carolina pede revogação da liberdade de acadêmico
13:20 13/11/2017
[Via Midiamax]
Familiares da advogada Carolina Albuquerque protocolaram pedido na 1ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande, solicitando que a Justiça reconsidere decisão que concedeu liberdade ao estudante de medicina João Pedro Miranda, apontado como responsável pelo acidente que matou a jovem no último dia 2.
“Analisada as razões, caso entenda cabível, requer seja exercido o juízo de retratação à decisão que revogou a prisão preventiva do acusado João Pedro da Silva Miranda Jorge, impondo-lhe as medidas cautelares”, diz a petição protocolada na sexta-feira (10).
O documento não aponta as razões que motivaram o pedido, porém, informa que as justificativas serão apresentadas no prazo legal.
Exclusão dados Iphone
A exclusão de dados do Iphone de João Pedro trouxe à tona o debate sobre interferência do suspeito no processo de investigações do caso e sobre possível revogação de liberdade. No entanto, Geraldo Marin, delegado que investiga o caso, explica que a exclusão não é indício suficiente para revogar a liberdade do universitário, porém, não deve comprometer o trabalho da polícia.
“Suposições não são suficientes. O fato de ele ter apagado e imputar algo contra ele é algo distante, até porque ele não é obrigado a produzir provas contra ele mesmo”, afirmou o delegado.
Para a polícia, o suspeito afirmou que apagou o histórico do aparelho por “autoproteção”, já que o celular estava perdido”. Agora, a polícia tenta recuperar o histórico das chamadas e ligações feitas no dia do acidente, que foram apagadas remotamente pelo acadêmico.
O acidente
O acidente que terminou na morte da advogada aconteceu na madrugada de quinta-feira (2), na Avenida Afonso Pena em frente ao Shopping Campo Grande. A advogada teria passado o sinal vermelho depois da meia noite, sendo atingida pela camionete do estudante.
Com o impacto, o carro de Carolina foi arrastado por aproximadamente 100 metros. Ela morreu no local. O filho da advogada, de 3 anos, teve fratura na clavícula e ficou quatro dias internado na Santa Casa de Campo Grande.
Após dois dias foragido, João Pedro se entregou e teria dito ao delegado que não estava bêbado e que dirigia no máximo a 70 km/h.
João Pedro afirmou que fugiu do local do acidente porque teria sido ameaçado e chamado de assassino por testemunhas que estavam no local, porém, a versão do suspeito é contestada.
Fraude Processual
João Pedro ainda pode responder por fraude processual de um acidente ocorrido no início do ano em que o pai do estudante teria ‘assumido’ a culpa. O acidente teria acontecido na rotatória da Avenida Tamandaré e Euler de Azevedo.
Segundo a delegada Cristiane Grossi de Araújo da 7º delegacia de polícia, as investigações sobre uma possível fraude serão feitas e não há dia para que o pai de João Pedro seja ouvido para esclarecimentos do caso.
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