Trabalho infantil aumentou durante a pandemia, alerta Ministério Público do Trabalho em MS
14:49 15/06/2022
O número de crianças e adolescentes submetidos a trabalho infantil no mundo cresceu nos últimos anos, revertendo a tendência de queda registrada em quase duas décadas de pesquisa. O alerta é do MPT MS (Ministério Público do Trabalho em Mato Grosso do Sul), que realizou debate virtual, na última terça-feira (14).
De acordo com o último relatório da OIT (Organização Internacional do Trabalho) e do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), o trabalho infantil atingiu um total de 160 milhões de crianças e adolescentes. Entre 2016 e 2020, houve um aumento de 8,4 milhões de meninas e meninos nessa situação, impulsionado em grande parte pelos efeitos nocivos da pandemia de Covid-19.
O webinário Proteção Social e Trabalho Infantil, integra a agenda de ações em alusão ao dia 12 de junho, dia nacional e internacional de combate ao trabalho infantil. A procuradora-chefe do MPT-MS, Cândice Gabriela Arosio, chamou atenção para o crescimento no número de crianças e adolescentes submetidos a trabalho infantil no mundo.
Conforme a procuradora-chefe do MPT-MS, o trabalho infantil tem vínculo direto com a capacidade de sobrevivência das pessoas, estabelecendo uma relação profunda com a ausência de oportunidades e a perpetuação da pobreza. Ela lembrou que mais de 66% das crianças e adolescentes em situação de trabalho infantil no Brasil são pretas ou pardas, conforme aponta a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua.
“O trabalho infantil é a porta de entrada para outras formas de violações de direitos. Por isso, precisamos romper barreiras culturais, como a aceitação do labor precoce por parte da sociedade. Ele traz inúmeros prejuízos para a educação, sendo a evasão e o baixo rendimento escolar apenas algumas de suas consequências danosas”, alertou Cândice Arosio, em nota divulgada pelo MPT MS.
Via Midiamax
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