Campo Grande

Mato Grosso do Sul atinge recorde na geração de empregos formais em 2022

Circuito MS

12:55 29/06/2022

De janeiro a maio, Estado acumula saldo de 25.794 vagas com carteira assinada, melhor resultado registrado desde 2004

Mato Grosso do Sul se destaca na geração de empregos formais neste ano. No acumulado de janeiro a maio, o Estado registra saldo positivo de 25.794 vagas de trabalho, resultado de 157.290 admissões e 131.496 demissões.

O saldo é o melhor para o período de cinco meses desde o início da série histórica iniciada em 2004. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados ontem pelo Ministério do Trabalho e Previdência.

Em todo o ano passado, Mato Grosso do Sul teve saldo positivo de 36.287 vagas com carteira assinada, ou seja, nos cinco primeiros meses deste ano o acumulado já representa 71,08% do total gerado em 2021, quando o Estado bateu recorde na geração de empregos.

O doutor em Economia Michel Constantino avalia que os empregos têm batido recordes tanto no âmbito nacional quanto no estadual.

“A retomada econômica já aconteceu, e agora estamos em fase de confiança do comércio, do varejo, da indústria e dos serviços. Assim, os empreendedores aumentam os investimentos em produção e emprego”.

A atração de novas indústrias e a abertura de empresas têm sido os principais propulsores da criação de postos formais de trabalho. Entre os novos players está o Projeto Cerrado, indústria de celulose em Ribas do Rio Pardo que está em construção desde o ano passado.

Para o economista, a estratégia é aumentar esse tipo de investimentos para que o Estado continue em crescimento.

“Continuando a atrair investimentos como a empresa Suzano e a outra que está vindo do Chile [Arauco]. Abrir novos mercados e reduzir o tamanho do Estado na economia”, completou.

O outro investimento citado pelo economista é o Projeto Sucuriú. Conforme adiantado pelo Correio do Estado na semana passada, a Arauco trará uma empresa do mesmo porte da citada anteriormente para a cidade de Inocência. A projeção é de que as obras comecem em 2024 e é estimada a geração de mais de 12 mil empregos diretos e indiretos.

SETORES

Entre os segmentos, o destaque para a geração de vagas continua nos serviços. Conforme os dados do Caged, o setor registra saldo positivo de 11.215 vagas, resultado de 59.817 admissões e 48.602 demissões.

Na sequência vem a agropecuária, com saldo de 5.580, construção, 3.886, indústria, 3.037, e comércio, 2.076.

O mestre em Economia Eugênio Pavão disse que o crescimento dos serviços foi possível, “principalmente, com o retorno de grandes eventos, festas, shows, palestras, aulas presenciais e a cadeia de fornecedores deste setor”.

Vice-presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis de Mato Grosso do Sul (Abih-MS), Marcelo Mesquita afirma que os resultados poderiam ser ainda melhores para os serviços, mas falta mão de obra.

“Estamos em pleno momento de contratação, a única situação que enfrentamos é o apagão de mão de obra. Quando falo isso é por mão de obra qualificada para operação hoteleira”, resume.

No resultado mensal, Mato Grosso do Sul também registrou o melhor resultado para o mês desde 2004. Foram 6.644 contratações com carteira assinada, com destaque também para o setor de serviços, que registrou 2.516 vagas a mais, seguido do comércio, 1.345, e indústria, 999.

De acordo com o titular da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro), Jaime Verruck, o programa tem como principal qualidade a busca ativa por profissionais.

“Esse é o grande desafio, identificar as pessoas e aproximá-las da vaga de emprego. Muitos se qualificam, mas não conseguem chegar às empresas e ocupar esses postos”.

O presidente da Fiems frisou que o Estado vem se desenvolvendo a passos largos, mas que existe “um apagão da mão de obra no Brasil e, em especial, em nosso Estado. A intenção desse programa é buscarmos as pessoas nos bairros, qualificá-las e encaminhá-las ao mercado de trabalho. Essas pessoas terão oportunidade de se qualificar para garantir, além do emprego, melhores salários”.

NACIONAL

No cenário nacional, o saldo positivo do emprego com carteira assinada em maio foi de 277 mil postos. No acumulado de janeiro a maio deste ano, o saldo é de 1,051 milhão de novas vagas de emprego.

Em 12 meses, foram criadas 2.655.840 novas vagas. O ministro do Trabalho e Previdência, José Carlos Oliveira, disse que os números comprovam a eficácia da política pública de geração de emprego e demonstra a retomada do crescimento no Brasil.

“Mesmo com as crises econômicas, estamos atingindo um dos maiores patamares dos últimos 10 anos. Com esse resultado, alcançamos 41.729.858 postos de trabalho – maior número de empregos formais, um recorde na história do Caged”, afirmou Oliveira.

O destaque nacional também ficou com o setor de serviços, com a criação de 120.294 novos postos de trabalho formais. O segundo maior crescimento do emprego formal ocorreu no comércio, com saldo de 47.557 novas vagas com carteira assinada.

Na sequência vieram indústria (46.975), construção (35.445) e agropecuária (26.747).

SAIBA

Todas as 27 unidades da Federação registraram saldo positivo na geração de empregos em maio, com destaque para a Região Sudeste. Os estados que mais abriram postos de trabalho foram: São Paulo (85.659), Minas Gerais (29.970) e Rio de Janeiro (20.226).

Via Correio do Estado MS

 

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