Mães destacam que filhos autistas não tem acompanhamento adequado, diferente do que diz a Semed
7:44 13/09/2022
Em pelo menos três escolas, mulheres apontam que situação não está como a secretaria alega, com “todos” atendidos adequadamente
Ainda que a Secretaria Municipal de Educação (Semed) aponte para a Rede Municipal de Ensino (REME), dizendo que “todos os alunos são assistidos”, mães de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) afirmam que seus filhos estão sem acompanhamento adequado.
Silvanira, Lizete, Regina, são algumas das mães que enfrentam problemas com a falta de assistente educacional inclusivo, respectivamente., nas escolas municipais Profª Oliva enciso, no Bairro Tiradentes; Wilson Taveira Rosalino, no Aero Rancho e Padre José de Anchieta, na Vila Planalto.
Mães de duas crianças com autismo, Lizete conta que apenas com a pequena Helena Vitória encontra problemas, na E.M Wilson Taveira.
“Está acontecendo com frequência. Começa, aí um mês depois tira. Quando reclama, eles colocam mais um mês e retira. Meu filho Heitor, só esse ano foi houve troca [de assistente] três vezes”, relata ela.
Lizete lembra que pessoas com autistmo precisam de rotina, para uma melhor adaptação, e justamente essa troca acaba prejudicando o desenvolvimento da criança.
“Não sabe o que passamos no dia dia com as nossas crianças o que passamos. Na maiorias escola não tem sala de recursos”, cita ainda.
Além da falta de profissionais, outra dificuldade encontrada é justamente a falta de preparação dos profissionais indicados.
Na E.M. Prof. Arassuay Gomes de Castro, na Vila Manoel da Costa Lima, conforme o grupo de mães, há crianças que aguardam por professores auxiliares.
“Mas o problema é que os professores não são treinados, não conhecem as reações e nossos filhos sofrem com isto. Não só por nao aprenderem, mas também quando acontece uma crise eles nao sabem lidar”, conta uma das mães.
Sem solução
Procurada, a Secretaria Municipal de Educação (Semed), mais uma vez, diante da alegação das mães, ressaltou em nota que o “atendimento educacional adequado é ofertado a todos os alunos”.
Com a negativa em reconhecer que certas mães passam pelo problema [da falta de assistente], quando questionada sobre o prazo para a conclusão do processo de contratação, a Semed se limitou à dizer que esse é um procedimento “apenas para suprir profissionais que tenham solicitado afastamento/desligamento”.
Além disso, ainda que o protesto no início do mês em frente ao Paço tenha reunido mais de 20 pessoas, a pasta frisa que, em 2022, “quatro processos seletivos para profissionais de apoio atuarem na Rede Municipal de Ensino (REME)” foram realizados, sendo este que está aberto o 5º.
Ainda, a Semed lembra que, no último dia 02 de setembro foi feita uma reunião entre pais de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA); representantes da Rede Municipal de Ensino (Reme) e a prefeita, Adriane Lopes.
Enquanto a pasta aponta apenas para a solicitação de “capacitação dos profissionais”, como “à ser resolvida”, os pais apontam que foi um encontro que “não resolveu nada” e que as medidas tomadas tem um teor “paliativo”, sem solucionar o problema de fato.
“Tivemos reunião na semana passada eu pai dele, professora; coordenadora; diretor; a pessoa da semed que trabalha na escola pra ver uma forma melhor de acompanhar ele até a chegada desse auxiliar. Até o momento ele vai nas segundas-feiras na sala de recurso, que, para mim, é uma perca de tempo… o que uma criança aprende em 1 hora?” finaliza Nira.
Via Correio do Estado MS
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