Como a análise das empresas do que fere ou não suas políticas é feita individualmente, não se sabe, a partir das regras, se vídeos que podem ajudar nas investigações serão preservados.
A Folha de S.Paulo apurou no caso da Meta que a empresa, em paralelo às remoções, segue colaborando com as autoridades brasileiras.
O YouTube possui uma exceção para remoção chamada EDSA, prevendo que mesmo vídeos que a princípio violem as regras da plataforma podem ser mantidos, caso correspondam a ressalvas que incluem vídeos de caráter educativo, documental, cientifico ou artístico.
Segundo o porta-voz da Meta, a empresa já tinha classificado o Brasil como um local temporário de alto risco, antes das eleições, e passado a remover conteúdos com incentivo para que pessoas pegassem em armas, ou invadissem prédios públicos como o Congresso ou o Palácio do Planalto.
“No domingo, também designamos este ato como um evento violador, o que significa que removeremos conteúdos que apoiam ou exaltam essas ações. Estamos acompanhando a situação ativamente e continuaremos removendo conteúdos que violam nossas políticas”, consta em comunicado de porta-voz da empresa.
“Antes mesmo das eleições, designamos o Brasil como um local temporário de alto risco e passamos a remover conteúdos que incentivam as pessoas a pegar em armas ou a invadir o Congresso, o Palácio do Planalto e outros prédios públicos.”
Em novembro, na semana seguinte ao segundo turno, as plataformas da Meta tinham começado a remover postagens com pedidos de intervenção militar no Brasil.
O YouTube afirmou que conteúdos que violam suas regras, incluindo transmissões ao vivo, estão sendo removidos.
“Estamos monitorando a situação na capital brasileira envolvendo os espaços públicos das instituições na Praça dos Três Poderes. Nossos times estão removendo conteúdo que viola nossas políticas, incluindo transmissões ao vivo e vídeos que incitam violência”, afirmou a empresa em nota.
“Além disso, nossos sistemas estão exibindo com destaque conteúdo de fontes confiáveis na nossa página principal, no topo dos resultados de busca, e nas recomendações. Permaneceremos vigilantes conforme a situação continue a se desenrolar.”
Após o resultado do segundo turno, a plataforma tinha atualizado suas políticas e passou a proibir conteúdo que alega que a eleição presidencial de 2022 no Brasil foi roubada ou fraudada -antes, a regra valia apenas para as eleições de 2014 e 2018.
Via Correio do Estado MS
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