Psicóloga especialista fala sobre os cuidados e hábitos saudáveis para a preservação da saúde mental e física

Mês destinado a conscientização do cuidado com a saúde mental, o Janeiro Branco coloca em pauta um assunto sério e cada vez mais frequente nas rodas de conversas. Com a modernidade e a rotina acelerada da população, muitos casos de ansiedade, depressão e pânico se tornaram comuns. A campanha de 2023 que tem como tema “A vida pede equilíbrio”, traz reflexões e alerta para os cuidados com a saúde.

A especialista e coordenadora do curso de Psicologia de uma universidade em Campo Grande, professora Avany Cardoso Leal, explica que o começo do ano traz boas expectativas de recomeço e prosperidade, uma ótima oportunidade para falar sobre o autocuidado. O excesso de preocupação, cansaço físico e mental e alterações de humor fazem com que as pessoas desenvolvam transtornos que afetam a saúde.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2019 quase um bilhão de pessoas, incluindo 14% dos adolescentes do mundo, viviam com algum transtorno mental. No mesmo ano, dados apontam que o Brasil é o país mais ansioso do mundo e um dos líderes em casos de depressão.

“Os casos de ansiedade e depressão vêm aumentado por várias questões, que vão desde as modificações na própria estrutura da sociedade até as questões financeiras, de competitividade e isolamento que a tecnologia proporciona nos dias de hoje, afinal ela aproxima as pessoas que estão longe mas afastam as que estão perto. Todas essas mudanças de comportamento e a adaptação dessa nova realidade tem sido um grande desafio para a sociedade”, afirma a psicóloga.

Para Avany, promover a informação é a melhor forma de atingir pessoas e fazer com que as mesmas procurem por ajuda. No mês em que se faz menção a preservação da saúde mental, a professora reforça hábitos que levam ao equilíbrio e a qualidade de vida, como ter momentos de lazer, cultivar relações afetivas, ter boas noites de sono, meditar, praticar exercícios físicos e ter alimentação balanceada.

“É muito importante que as pessoas busquem ajuda através dos recursos locais. Hoje nós temos na rede pública e particular uma grande possibilidade de ajuda e apoio. Na rede pública temos os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), os Centros de Especialidades Médicas (CEM), que são lugares onde as pessoas podem procurar saber mais. Assim como na rede particular, os convênios possuem psicólogos e psiquiatras em sua lista de profissionais, além de consultórios próprios.”

Via Enfoque MS