Riedel terá apoio de Fávaro e Tebet para resolver UFN3
11:52 21/01/2023
Em reunião com Lula, governador leva temas da Bioceânica e transportes
O governador Eduardo Riedel (PSDB) afirmou durante entrevista na quinta-feira (19) que, entre as metas de governo, está a conclusão de obras como a UFN3 (Unidade de Fertilizantes Nitrogenados) em Três Lagoas, a ponte da Rota Bioceânica, ferrovias e rodovias de ligação. Para isso, ele contará com apoio da ministra de Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, e do ministro da Agricultura, Carlos Fávaro.
Riedel confirmou ao programa “Capital Meio-Dia” que no próximo dia 27 estará em Brasília (DF) para discussões diversas com o governo federal, e vai levar três pontos prioritários de investimentos a serem feitos em Mato Grosso do Sul, sendo o principal deles a questão da fábrica de fertilizantes.
“Temos questões estruturantes no Estado. Eles estão limitando a três grandes investimentos. E tem alguns que são de iniciativa do governo federal. Posso adiantar que a UFN3 é uma prioridade porque, além de gerar empregos, vai transformar todo um setor agrícola e competitividade do Centro-Oeste”, disse Riedel, que já tem sinal positivo para reunião em breve com o diretor-presidente da Petrobras, Jean Paul Prates.
Além disso, a ministra do Planejamento, Simone Tebet, e o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, devem auxiliar o Governo do Estado na demanda. “A ministra Simone está envolvida e engajada. Falei com o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, que junto à ministra Simone estão buscando equacionar isso. E o presidente Lula já sinalizou essa ação e isso é muito importante.”
A UFN3 fica localizada na cidade de Três Lagoas, onde a ministra Simone Tebet nasceu e foi prefeita por duas vezes. A vontade dela em tirar o projeto do papel é grande, já que a obra está parada há nove anos, e tinha como planejamento inicial produzir ureia e amônia suficientes para suprir as necessidades produtivas do Brasil. A fábrica começou a ser construída em 2011 e parou em 2014, com 81% de conclusão após a Petrobras romper contrato com empresas do consórcio. Em 2017, a Petrobras tentou vender por diversas vezes a UFN3, mas não obteve sucesso.
A crise de fertilizantes vem se arrastando desde 2021 quando a China diminuiu a produção e ficou ainda mais crítica com a guerra entre a Rússia e Ucrânia, já que o país importava produtos dos russos. A solução mais rentável e aprovada pelo Governo do Estado é a conclusão da fábrica para gerar cerca de 7 mil empregos e suprir as necessidades do país.
Bioceânica
Riedel também falou que vai apresentar ao presidente Lula a construção da alça de acesso à ponte da Rota Bioceânica. “A Rota é uma transformação. Às vezes há dificuldade em entender a dimensão disso. Não é só uma ponte. É algo capaz de gerar transformações nas relações de quatro países: Brasil, Argentina, Paraguai e Chile. Isso muda a dinâmica comercial”, comenta.
Além disso, o governador ainda cita os 500 km de pavimentação asfáltica feitos concomitantemente no Paraguai e a relação internacional que vem se consolidando é favorável a Mato Grosso do Sul. Para ele, é essencial a duplicação de rodovias como BR-262, BR-163, BR267, que são grandes eixos para escoamento de produção, além de investimentos e concessões em outros trechos importantes e construção de ferrovias, como a Malha Oeste. “Essas seriam as principais demandas para o governo Federal”, finalizou Riedel.
Visita de Alckmin a MS está agendada para março
Durante a entrevista, o governador Eduardo Riedel confirmou que o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, que também ocupa o posto de ministro da Indústria e Comércio, tem agenda programada para acontecer em março deste ano em Mato Grosso do Sul.
“A Bioceânica não é só uma ponte. Falei anteontem com o vicepresidente Alckmin e está programada a vinda dele. Além dessa visita, vamos discutir os impactos que a Rota terá em Mato Grosso do Sul”, destaca.
A presença de Alckmin em visita ao Estado e, ao lado de Riedel, vai conhecer as obras da ponte sobre o Rio Paraguai, ligando a sulmato-grossense Porto Murtinho à paraguaia Carmelo Peralta. Essa travessia é ponto central na questão de infraestrutura da Rota.
Via O Estado Online
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