Ano letivo da Rede Municipal de Ensino (Reme) começa nesta quarta-feira (8).

Com isso, mais de 100 mil alunos, de 99 escolas e 106 Escolas Municipais de Educação Infantil (EMEIs), voltam às aulas em Campo Grande.

Para início dos estudos, kits escolares e uniformes estão sendo entregues neste primeiro dia de aula.

O kit escolar contempla lápis, borracha, caneta, lápis de cor, apontador e régua. Já o uniforme abrange camiseta regata, camiseta manga curta, bermuda, short-saia, meia, tênis e botina.

Além disso, a alimentação da criançada também está garantida: as escolas receberam 170 toneladas de alimentos para a merenda escolar.

As refeições serão compostas por frango, carne, arroz, feijão, leite em pó, macarrão e hortifrútis.

Éric, de nove anos, aluno do quarto ano, está animado e empolgado para o primeiro dia de aula. “Eu gosto de tudo aqui, do pátio, cantina, quadra, colegas, da minha sala, da professora. Minha matéria preferida é língua portuguesa”, disse.

O primeiro dia de aula contou com a presença da prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes e do secretário de educação, Lucas Henrique Bitencourt.

A prefeita ressaltou que o corpo docente está preparado para receber os estudantes.

“[Está] todo mundo preparado para iniciar o ano letivo com muita tranquilidade e positividade. Hoje as escolas estão recebendo as crianças totalmente equipadas, preparadas, merenda, kit escolar, está sendo distribuído com todas as sete regiões. Antes do retorno às aulas teve uma capacitação de toda a equipe para o acolhimento e recepção das crianças”, disse.

De acordo com Bitencourt, existe uma lista de espera de seis mil crianças aguardando por uma vaga em EMEI.

“Como eu tenho a duplicidade de alunos, ele acaba fazendo duas vezes o cadastro, a gente está filtrando agora. Então, o nosso primeiro impacto foi fazer um chamamento público, por que o pai, muitas vezes, vai até a escola ou pelo site, vai pleitear essa vaga e não vai efetivar a matrícula depois”, pontuou.

Reajuste salarial dos professores

Professores da Reme reivindicaram por reajuste salarial de 10,39% de novembro de 2022 à janeiro de 2023.

A categoria deflagrou greve e aulas foram suspensas de 2 a 9 dezembro de 2022. Além disso, ficou acampada em frente a prefeitura como forma de protesto.

Em 2 de dezembro, cerca de três mil servidores municipais da educação fizeram uma passeata até o Paço Municipal, onde ficaram concentrados aos gritos de “prefeita, cadê você? Eu vim aqui para receber”.

A partir de então, a prefeita fez contraproposta de reajuste salarial de 4,78% somado ao auxílio alimentação de R$ 400,00, que foi negado pela categoria, por unanimidade.

Outra contraproposta feita pela prefeita foi parcelar o reajuste em três parcelas: 3,42% em janeiro, 3,48% em maio e 3,48% em dezembro de 2023. A categoria não aceitou.

A contraproposta, feita pelo Sindicato Campo-grandense dos Profissionais da Educação Pública (ACP- MS), foi parcelar o reajuste em duas vezes: uma parcela de 3,42% em janeiro e 6,97% em março de 2023, mas, Adriane rejeitou.

Inicialmente, era esperado que o reajuste de 10,39% fosse pago integralmente. Mas, a prefeitura recusou todas as propostas, alegando falta de dinheiro e aumento de despesas.

O acordo final, decidido entre ambas as partes, foi de que a prefeitura irá pagar os 10,39% parcelado em duas vezes: 4% em março e 6,39% em junho.

Via Correio do Estado MS