Dengue mata mais três pessoas e número de vítimas chega a 22 neste ano em MS
12:00 10/05/2023
Na primeira semana de maio, foram confirmados 1.001 casos da doença no Estado
Na primeira semana de maio, três pessoas morreram vítimas de dengue em Mato Grosso do Sul. Desta forma, o Estado soma 22 mortes pela doença neste ano.
De acordo com boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde (SES), além das mortes confirmadas como sendo por dengue, há outras 16 em investigação por suspeita da doença.
Do dia 30 de abril até o dia 6 de maio, foram confirmados 1.001 casos de dengue, o que dá, em média, 143 casos confirmados por dia.
Desde o início do ano, o Estado soma 21.161 casos confirmados de dengue. Em menos de cinco meses, os casos quase somam o registrado durante 12 meses do ano passado, quando foram 21.328 em todo o ano.
Além disso, há 39.471 casos notificados como prováveis de dengue.
Com relação às mortes da última semana, todas são mulheres, sendo uma de 83 anos, moradora de Juti; uma de 69 anos, de Aquidauana, e uma de 72 anos, de Dourados. Apenas a vítima de Aquidauana não tinha comorbidades, enquanto as outras duas tinham hipertensão.
No ano, Três Lagoas é a cidade do Estado que concentra mais mortes, com 6 vítimas, seguida por Dourados, com três vítimas.
Campo Grande e Aquidauana somam duas mortes pode dengue neste ano cada.
Guia Lopes da Laguna, Amambai, Ivinhema, Laguna Carapã, Brasilândia, Ribas do Rio Pardo, Naviraí, Juti, Mundo Novo têm uma morte cada.
Em todo o ano passado, o Estado registrou 24 mortes por dengue e 21.328 casos confirmados.
Aumento de casos
Conforme reportagem do Correio do Estado, com um verão mais chuvoso em 2023, os casos de dengue em Mato Grosso do Sul cresceram 10 vezes em comparação com o registrado na estação no ano passado.
De acordo com os dados do boletim epidemiológico da Secretaria de Estado de Saúde (SES), neste ano, durante o verão, que começou em 21 de dezembro e terminou em 20 de março, 5.576 casos de dengue foram registrados em MS, 938,36% a mais do que as 537 confirmações do ano passado, na mesma estação.
No início de abril, a Secretaria Municipal de Saúde Pública (Sesau) fez um alerta sobre os casos da doença já representarem uma epidemia na cidade, com aumento de 20% nos atendimentos a pessoas que apresentam sintomas da enfermidade.
Por este motivo, a Prefeitura de Campo Grande pediu ao Exército Brasileiro a ajuda de militares para o combate à dengue na Capital.
No mês passado, em entrevista ao Correio do Estado, a superintendente de Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde de Campo Grande (Sesau), Veruska Lahdo, destacou que o Estado e a Capital estão passando por um período sazonal de aumento de casos ocasionados pelo mosquito Aedes aegypti.
Já com relação ao Estado, o governo do Estado anunciou, também no início do mês de abril, pacote de R$ 13 milhões para auxiliar os 79 municípios dentro do Programa Estadual de Enfrentamento às Arboviroses.
O recurso também contempla o enfrentamento às doenças respiratórias.
Saiba
De acordo com o Ministério da Saúde, as infecções por dengue, chikungunya e zika, transmitidas pelo mosquito Aedes Aegypti, podem, ainda, resultar em várias síndromes clínicas, desde doença febril branda até febres hemorrágicas e formas neuroinvasivas, que podem ser casos agudos de encefalite, mielite, encefalomielite, síndrome de Guillain-Barré ou de outras síndromes neurológicas centrais ou periféricas diagnosticadas por médico especialista.
Via Correio do Estado MS
Comente esta notícia
compartilhar