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Conclusão da Ernesto Geisel vira prioridade no Novo PAC

Circuito MS

11:49 29/09/2023

Prefeita e equipe estiveram esta semana em Brasília para apresentar os projetos do município ao governo federal para serem inseridos no cronograma de obras

Há mais de uma década na promessa, as obras ao longo do Rio Anhanduí, na Avenida Ernesto Geisel, devem ser uma das prioridades na apresentação de projetos feita pela Prefeitura de Campo Grande ao governo federal, para recebimento de recursos por meio do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC) – Seleções, em que os gestores vão apresentar os projetos que são prioridades para suas cidades. 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebeu nesta semana, em Brasília, prefeitos de todo o Brasil para o lançamento do Novo PAC – Seleções. A prefeita da Capital, Adriane Lopes (PP), e a titular da Subsecretaria de Gestão e Projetos Estratégicos, Catiana Sabadin, estiveram no evento e apresentaram as prioridades do município à União.

De acordo com a Subsecretaria, entre os principais projetos da Capital está a conclusão das obras de contenção de enchentes no Rio Anhanduí e de revitalização da Avenida Ernesto Geisel.

“O governo federal divulgou hoje [ontem] as linhas programáticas e vai abrir edital por Ministério, para que cada prefeitura se candidate e cadastre as suas propostas. A Prefeitura de Campo Grande vai apresentar projetos em todas as linhas. Os prioritários serão os projetos do Anhanduí, a pavimentação em bairros e a mobilidade urbana”, disse a prefeitura, em nota.

De acordo com o município, a solicitação feita para a União é que sejam destinados, apenas para o projeto na Ernesto Geisel, R$ 150 milhões, porém, não há confirmação de que todo esse recurso será destinado para essa obra. “Depende do valor máximo permitido pelo programa, que será aberto pelo governo federal”, explicou o município.

O projeto, que foi feito inicialmente em 2011, prevê a construção de paredões de gabião no trecho do rio, entre a Rua Santa Adélia e a Avenida Manoel da Costa Lima. 

A partir dali, a ideia é que até a Avenida Campestre, onde a Ernesto Geisel termina (sob o nome de Thyrson de Almeida), seja feito um serviço de controle do canal do rio, com escadarias, dissipadores e obras pontuais para controle de águas da chuva, para evitar que o extravasamento chegue aos bairros e cause enchentes. 
Além disso, esse projeto também prevê o recapeamento da avenida e a instalação de áreas de convivência, com quadras de esportes, pista de caminhada e ciclovia. 

Esse projeto original, porém, foi perdido ao longo das gestões e, em 2017, foi licitado apenas um trecho menor, entre as ruas Santa Adélia e do Aquário. As obras do trecho todo ainda não foram concluídas em virtude de atrasos nos repasses e da desistência de uma das empresas vencedoras da licitação. 

Do projeto inicial, que previa 7,5 quilômetros de revitalização, foram concluídos apenas 2,6 km. Isso porque o trecho que estava sob a responsabilidade da Dreno Engenharia não foi concluído.

Com o abandono, a prefeitura teve de relicitar o trecho entre as ruas Bom Sucesso e do Aquário, etapa que tem recursos provenientes de emendas federais e do governo do Estado. 

A licitação, no entanto, não teve empresas interessadas e terminou deserta. A prefeitura retirou o projeto para reavaliá-lo e, posteriormente, retornar com o edital.

RECURSOS

Na semana passada, os ministros da Casa Civil, Rui Costa, do Planejamento, Simone Tebet, e das Pequenas e Médias Empresas, Márcio França, estiveram em Campo Grande para falar sobre o Novo PAC. No evento, foi anunciado um repasse de R$ 327 milhões para obras de infraestrutura e mobilidade urbana na Capital.

Segundo o vice-presidente de Governo da Caixa Econômica Federal, Marcelo Bonfim, esse valor deverá ser para trabalhos de drenagem e pavimentação em 20 áreas da Capital, incluindo as obras na Avenida Ernesto Geisel.

SAIBA

Para Mato Grosso do Sul, o governo federal já enviou R$ 29,1 bilhões, destinados a projetos como o acesso à Rota Bioceânica, a retomada da construção de 585 unidades habitacionais e a dragagem da hidrovia Paraguai-Paraná. Ao todo, estão previstos R$ 44,7 bilhões para o Estado por meio do PAC, o restante do Orçamento, no entanto, ainda não tem destino definido.

Via Correio do Estado MS

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