Defesa Civil de MS integra combate à dengue nas divisas com estados em emergência
10:55 16/02/2024
Segundo a SES, é dentro das residências que estão 80% dos focos de proliferação do mosquito ‘Aedes aegypti’
Com estados vizinhos em situação de emergência em decorrência dos casos de dengue, a Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil (Cepdec) vai trabalhar no combate ao mosquito ‘Aedes aegypti’ em 14 municípios que fazem divisa com o Paraná e São Paulo.
Conforme divulgado, a atuação está programada para começar na próxima semana, a partir de segunda-feira (19), em seis cidades na divisa com o Paraná e outras oito na divisa com São Paulo.
A força-tarefa concentra esforços nas ações mecânicas para combate aos focos do mosquito ‘Aedes aegypti’ – que transmite dengue, zika, chikungunya e outras doenças.
Segundo o Governo do Estado, os municípios de Três Lagoas – na divisa com São Paulo – e Mundo Novo – na divisa com o Paraná – serão prioritários.
A Cepdec prevê expandir a ação, para atender mais dois municípios que fazem divisa com Minas Gerais.
“Fizemos reuniões por videoconferência com os estados do Paraná e São Paulo, estamos cogitando incluir Minas Gerais na ação conjunta. Vamos atuar nos municípios que fazem divisa com estes estados com orientação e limpeza pública. Tudo com o apoio das Defesas Civis municipais e prefeituras”, disse o capitão Maxwelbe Moura, chefe do Departamento de Riscos e Desastres da Cepdec.
Enquanto estados que fazem divisa com o Mato Grosso do Sul decretaram situação de emergência – Goiás e Minas Gerais, além do Acre e Distrito Federal –, a preocupação da Secretaria de Estado de Saúde (SES) é para que a população faça a eliminação de possíveis criadouros do mosquito.
Conforme o último boletim epidemiológico de dengue, divulgado ontem (15), em MS há 671 confirmados e 2,8 mil casos prováveis, em 2024.
Nenhuma morte por dengue foi confirmada neste ano no Estado, mas dois óbitos estão em investigação.
O que será feito
Os agentes vão atuar em diversas frentes e ações de combate ao mosquito da dengue. Uma delas é a orientação sobre os sintomas da dengue, que é outro foco da ação nos municípios localizados na divisa com SP e PR.
“A gente sabe que mais de 80% dos focos de proliferação do mosquito estão dentro das residências e terrenos. Além disso, é importante orientar quanto aos sinais e sintomas de dengue, zika e chikungunya. As pessoas ainda confundem muito com a gripe”, disse o capitão da Defesa Civil Estadual.
Além deste trabalho, a SES, com o apoio da Coordenadoria, deve iniciar até o mês de março, uma operação envolvendo as Forças Armadas – Exército, Marinha e Aeronáutica – para extinção dos criadouros do mosquito, que se prolifera em água parada.
A ação integrada vai ocorrer também em Campo Grande, com a cedência de 100 agentes para que o município consiga expandir o trabalho nas áreas prioritárias.
Ações importantes
Mauro Lúcio Rosário, coordenador estadual de controle de vetores da SES, destaca a importância das pessoas saberem o que fazer e cuidarem de seus próprios quintais.
“Eliminar recipientes com água, dentro de fora de casa, é a principal medida para evitar a proliferação do mosquito e com isso a doença. Cuide do seu quintal, limpe a casa, descarte o lixo da forma correta, para que não tenha água parada em latas, garrafas e outros recipientes. É importante ficar atento e sempre vistoriar seu quintal, sem esquecer da parte de dentro da residência”, afirmou.
Segundo a SES, é dentro das residências que estão 80% dos focos de proliferação do mosquito ‘Aedes aegypti’.
Em meio à crise em todo o País, o Ministério da Saúde divulgou que para combater os focos do mosquito bastam dez minutos da rotina, de acordo com a realidade de moradia de cada um.
Via Correio do Estado MS
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