Manifestantes fecham fronteira que liga Bolívia a Corumbá
12:13 09/01/2018
[Via Correio do Estado]
Operários, médicos e caminhoneiros fecharam a fronteira entre Bolívia e Corumbá, na manhã de hoje (9). Os protestos estão ocorrendo na Ponte da Amizade e são decorrentes as medidas do presidente boliviano, Evo Morales, implantadas em dezembro que limitam manifestações públicas.
Além da proibição dos protestos, Evo também liberou a entrada de médicos cubanos, o que motivou os profissionais da saúde a irem para às ruas na tarde de ontem (8).
De acordo com o site Capital do Pantanal, mesmo com a intimidação do último protesto feito em dezembro, os profissionais da saúde retornaram às ruas da cidade de Puerto Quijaro, na Bolívia, com cartazes e gritos de palavras de ordem contra a convocação de estrangeiros para ocupar seus lugares, com vantagens que não são oferecidas aos bolivianos.
Dentre as limitações de Morales está a limitação de manifestações, o que o movimento dos médicos também rechaça, por ameaça ao direito de ir e vir e de expressão.
CARRETEIRA
Há menos de 15 dias, o cenário de violência motivou o fechamento da rodovia Carreteira, formando filas quilométricas de veículos, impedindo o tráfego entre Puerto Suarez a Santa Cruz de La Sierra. E hoje, mesmo aqueles arrependidos por terem votado no que chamam de ‘velho cocaleiro’, não conseguem tirá-lo do poder em que se perpetua por meio de artifícios que dissimulam o regime duro em democracia.
Manifestantes também disseram que estão fazendo greve de fome que durará até o momento que o presidente recue da decisão ou negocie com os líderes do movimento.
Ainda segundo informações do Capital do Pantanal, o governo boliviano mandou deletar os vídeos sobre o movimento que estavam sendo publicados pelo jornal ‘El Deber’, o principal do país.
Os médicos bolivianos, ao contrário dos brasileiros, que aceitaram os cubanos trazidos por Dilma Rousseff goela abaixo, afirmam que não vão ceder.
Ontem a fronteira não tinha sido fechada, mas na manhã de hoje, manifestantes receberam reforços de caminhoneiros e ela permanece interditada. Mas, há equipes de choque da guarda de Evo Morales posicionadas para manter o movimento no menor espaço possível, ou no aguardo da ordem de dissolver a manifestação com o mesmo vigor praticado no ato anterior.
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