Capítal é a 1ª cidade a integrar informações com Ministério da Saúde, diz prefeitura
8:30 27/01/2018
[Via Midiamax]
Campo Grande foi a primeira cidade do país a ter o seu sistema de controle de oferta e dispensação de medicamentos totalmente integrado com o do Ministério da Saúde. O feito atribuiu ao município o título de referência e modelo na gestão de informação na área da saúde e, inclusive, motivou uma teleconferência organizada pelo Ministério nesta sexta-feira (26) para que outras cidades do país pudessem conhecer a metodologia utilizada na Capital para alcançar este resultado.
O secretário municipal de Saúde, Marcelo Luiz Brandão Vilela, ressalta que o reconhecimento é reflexo do bom trabalho que vem sendo executado na Capital que, apesar de todas as dificuldades, consegue atender os requisitos do ministério e se torna referência nacional. “Ficamos muito felizes com esse tipo de reconhecimento por parte do Ministério que só mostra que estamos no caminho certo. Através da organização e planejamento é otimizar os resultados e isso irá se refletir lá na ponta. Na assistência que é prestada para a população campo-grandense e também do Estado”, disse.
O diretor-presidente da Agência Municipal de Tecnologia (Agetec), Paulo Fernando Cardoso, destacou a importância dessa conquista. “Campo Grande foi a primeira cidade do Brasil a prestar contas ao Ministério da Saúde, dentro do prazo legal, em relação às informações acerca da gestão da assistência farmacêutica pelo município. Essa conquista é oriunda de outro fato inédito: A Agência de Tecnologia desenvolveu a integração entre o sistema de gestão de farmácia local e o sistema do Governo Federal, tornando o processo muito mais transparente e rápido”, disse Paulo.
A integração das informações junto ao sistema Horus (nacional) foi proposta pelo Ministério da Saúde para que seja possível saber, em todos os estados e municípios, qual é o consumo em cada localidade e quantos são os medicamentos que estão próximos à data de vencimento, para que sejam devidamente aproveitados. As informações serão concentradas na Base Nacional de Dados da Assistência Farmacêutica.
Segundo o coordenador-geral de Suporte Tecnológico e Informação da Secretaria Municipal de Saúde (CGSI), Hugo Luiz do Valle, os técnicos da secretaria, da Agência Municipal de Tecnologia (Agetec) e Assistência Farmacêutica trabalham incansavelmente para atender o calendário pré-estabelecido Ministério da Saúde, principalmente porque o município poderia sofrer sanções, inclusive com perda de recursos.
“O Ministério estipulou que, caso o prazo não fosse respeitado e não fosse dada nenhuma justificativa, os entes poderiam ter suspensos temporariamente os recursos da assistência farmacêutica repassados pelo Ministério da Saúde para compra de medicamentos”, explicou.
Além do estoque, entrada, saída e dispensação de medicamentos, poderão ser monitoradas em tempo real informações do paciente e das unidades de saúde. O sistema será capaz de calcular possíveis perdas, sugerir remanejamento de produtos e indicar o quantitativo que deve ser comprado para atender às necessidades do estado ou município.
Conforme informações do Ministério da Saúde, a base já foi testada no Distrito Federal, em Alagoas, no Tocantins e no Rio Grande do Norte, onde foi possível evitar desperdício de até 30% dos fármacos entregues, o equivalente a R$ 20 milhões no terceiro trimestre de 2017.
A videoconferência teve a participação de representantes das secretarias municipais das cidades de Fortaleza (CE), Blumenau (SC) Campinas (SP) e Ministério da Saúde.
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