Engenheiros são alvos de grupo que usa imagens de juízes para golpe
14:45 03/02/2018
[Via Midiamax]
Um novo golpe está deixando em alerta engenheiros e construtores, que são os principais alvos. Os golpistas são bem articulados e usam de várias artimanhas para ganhar a confiança das vítimas e tentar levar vantagem.
Se passando por juiz ou juíza de uma comarca de Brasília-DF, o primeiro passo do estelionatário é fazer contato com um grande depósito de material de construção da cidade. Alegando possuir propriedades rurais no Estado, próximas a Campo Grande, o golpista pede a indicação de um engenheiro, que será o responsável pelas obras.
O segundo passo acontece, quando de posse das informações sobre o engenheiro, ele mantém o primeiro contato. Segundo uma “quase” vitima, profissional de 47 anos. A pessoa liga fazendo a apresentação.
“No meu caso, disse que era juiz de Brasília e que queria construir dois galpões em uma de suas fazendas, onde ficariam estacionadas suas máquinas agrícolas. Bastante falante ele acaba te envolvendo e chega até mesmo a enviar um esboço do projeto com as obras que ele deseja. Ele manda no Whatsapp as imagens do projeto. Quando a gente amplia em um computador é que vai perceber alguns erros de português e também nas medidas”, explica o engenheiro.
Golpe- A partir daí começa a ser desenvolvido o golpe. O fictício juiz afirma que quer começar as obras o mais rápido possível mais surgiu um problema de última hora. Os caminhões são monitorados por uma empresa de rastreamento que impede maior rapidez no deslocamento.
Mas existe uma forma de resolver a questão, basta fazer um depósito na conta da empresa que o rastreador é desligado. O golpista pergunta em que banco a vítima tem conta. Ao receber a informação ele informa ser justamente deste banco a conta da empresa rastreadora. Como o “juiz” tem conta em outro banco, ele pede para o engenheiro efetue o pagamento através de depósito da importância de R$ 814, que imediatamente será feito o ressarcimento também através de depósito.
Quase imediatamente começam as ligações com o autor tentando pressionar a vítima a fazer o depósito. No caso deste engenheiro, foram 25 em menos de 30 minutos. Desconfiado ligou para seu gerente questionando o depósito. A agência de Campo Grande comunicou-se com a agencia que gerou o depósito. A informação era de que o envelope estava vazio. Desta forma, se ele efetuasse o depósito aqui, sofreria o golpe.
“Eles também ligaram para o construtor que trabalha comigo usando os mesmos argumentos, com a diferença que com ele foi uma “juíza”. Conversei com cinco colegas de profissão e quatro deles também receberam a mesma ligação. Estou divulgando este fato para servir de alerta aos demais colegas”, afirmou o engenheiro.
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