Adicional de FGTS e 13° lotam comércio, mas bom preço é desafio
8:08 21/12/2019
[Via Campo Grande News]
As lojas estão lotadas, mas nem todo mundo está de sacola na mão. O saque adicional do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) e 13° salário, disponibilizados nesta sexta-feira, trouxeram alívio no orçamento, porém, muitos ainda tentam apertar os cintos pensando nas viagens de férias e nas contas de início de ano.
Prazo limite para os empregadores depositar o 13° salário, o dia 20 de dezembro coincidiu com a liberação pela Caixa Econômica Federal do valor complementar do saque imediato do FGTS. Trabalhadores que fizeram o saque de até R$ 500, puderam sacar a partir de hoje mais R$ 498. O consumidor aproveitou o dinheiro extra para ir as compras, mas com cautela.
Quase R$ 1 mil gastos com roupas de banho e itens para serem utilizados na praia correm o risco de virar presente de Natal para a neta e filha da auxiliar de sala Dalva Mendes da Silva, de 44 anos. “Elas vão para Santa Catarina. Comprei shortinho, biquíni e blusinha, mas não achei nada com preço bom”, ressaltou.
Mesmo com dinheiro extra na conta, ela já reconsiderava o pedido de presente da neta. “Já foram quase R$ 1 mil só com as duas”, lembrou.
O difícil é segurar o dinheiro no bolso olhando as vitrines. Mesmo assim o casal, Jamile Machado, 43 anos, e Mario Roberto, 46 anos, arriscou-se a ir passear no centro antes de viajar para as festas de fim de ano. “Estamos dando uma segurada. Passando vontade de algumas coisas. Compramos só o que estava precisando mesmo para casa”, explicou a auxiliar administrativa.
Com duas filhas, o plano de casal também é descer para o litoral catarinense por pelo menos uma semana e dar conta de pagar as contas de início do ano. “É muita coisa para pagar. Então, tem que ficar de olho”.
Mesmo diante dos preços salgados, têm quem consegue se controlar. A cuidadora de idosos e doméstica, Maria Gomes dos Santos, 58 anos, dá lição. Com pelo menos cinco sacolas na mão, ela garante que sobrou dinheiro e o destino é a conta poupança. “Recebi e vim atrás de presente para as três filhas, genros e netos. Eu já tinha pago as contas”, garantiu.
A dona de casa Neuziane Campos, 27 anos, também dá aula de economia e habilidade, já que partiu para as compras com os três filhos. “Só vim comprar brinquedo”, afirmou. Batendo perna, ela conseguiu com R$ 100 compra seis presentes diferentes. A escolha ficou a critério das crianças e rendeu de carrinhos a dinossauros de borracha.
Em pesquisa feita com 1.300 consumidores, em todo o Brasil, a Boa Vista constatou que o valor médio total pretendido gastar com todas as compras para as festas de Natal e Fim de Ano, incluindo despesas com viagens e alimentação, é de R$ 564,95. Em 2018 o valor médio foi de R$ 482,54. O levantamento também apontou que para 61% dos consumidores entrevistados, o valor gasto não deve comprometer mais que 25% da renda familiar.
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