Esportes

Airsoft, um esporte de aventura ganha espaço entre os campo-grandenses

Circuito MS

14:32 02/09/2017

[Via Campo Grande News]

Um esporte de aventura que simula situações de combates de guerra e cada vez mais atrai campo-grandenses apaixonados por estratégias. É o airsof, parecido com o paintball, só que com armas de pressão e bolinhas de plástico pvc, e está mais para um jogo de videogame com personagens e cenário real. E quem joga é chamado de operador.

“O paintball funciona no campo comercial, ou seja, você paga para jogar, enquanto o airsoft é comandado por quem joga e não precisa pagar para jogar. O airsoft simula situações diversas de combate com a utilização de réplicas de armas reais, mas são armas de pressão regulamentadas pelo Exército e disparam bolinhas de plástico”, afirmou Eder Rocha de Souza, jogador há sete meses.

Criado pelo Exército japonês como treinamento de estratégias de guerra, o airsoft é um esporte de equipes em que os participantes eliminam os adversários com bolinhas esféricas atiradas por réplicas de armas de fogo. Embora as bolinhas de plástico possam deixar marcas na pele, o airsoft exige ética dos jogadores para que se autodenunciem ao serem atingidos e consequentemente eliminados do jogo, independente de alguém ter visto.

“É um jogo baseado no fairplay. Diferente do paintballl ele não deixa marca no jogador. Se você toma um tiro, sente o tiro e automaticamente já se declara fora do jogo e levanta um pano vermelho. Todos os jogadores obrigatoriamente devem carregar seu paninho vermelho, isso é indispensável”, explicou Samir Pael, de 35 anos, membro da equipe Chase Airsof.

Quem pratica garante que o airsoft é um esporte que melhora o condicionamento físico, auxilia no desenvolvimento dos reflexos, prepara o adepto para as situações de pressão no trabalho e na tomada de decisões estratégicas.

“O airsoft exige fisicamente e mentalmente da pessoa. Você joga em equipe e trabalha as estratégias em equipe. Você até consegue jogar individualmente, mas por ser um jogo baseado em operações, em missões, isso faz com que as decisões sejam coletivas para que cada um tenha um desempenho melhor para o objetivo final. Jogar sozinho é mais complicado”, comentou Adriano Scandola, da equipe Grotam MS.

Pelas regras, qualquer pessoa pode participar do esporte, desde que seja maior de 18 anos e tenha comprado seus equipamentos em lojas autorizadas pelo Exército. Entre os equipamentos, além da arma de plástico, obrigatoriamente com a ponta nas cores laranja ou vermelha, estão luvas, óculos de proteção, calça, camisa de tecido grosso e manga longa, capacete e coturnos.

Além das armas que só podem ser réplicas, o Exército também controla o fardamento dos jogadores, que pelas regras de segurança estabelecidas para a prática do esporte no Brasil, em 2010, não podem usar camuflagem oficial. Cada equipe tem suas próprias regras sobre o número de participantes e cada qual escolhe sua própria camuflagem para caracterização como se fosse um time de futebol.

“Usamos camuflagem não oficial só pra ficar parecido com militar, e dependendo da distância a cor da camuflagem ajuda na identificação. A farda também ajuda a proteger de espinhos no mato e da força da bolinha de pvc quando somos atingidos, mas isso não é obrigatório”, disse Pael.

Apesar da crescente onda de participantes, o airsoft ainda não tem um campeonato local ou estadual. “Em nível nacional o airsof tem várias equipes grandes. Em Mato Grosso do Sul o forte mesmo está em Campo Grande, mas temos equipes já consolidadas também em Amambai, Dourados, Costa Rica, Nova Andradina e Ponta Pora”, frisou Adriano Scandola.

Em Campo Grande, os confrontos são apenas por diversão que reúnem vários times, normalmente em locais abandonados ou em fazendas. “Jogamos em locais abandonados, mas sempre com autorização dos proprietários, nunca por invasão”, ressaltou Pael.

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